A secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro planeja iniciar em setembro a aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19 aos idosos a partir de 60 anos que tenham tomado a segunda dose há pelo menos seis meses. Os primeiros a ser atendidos serão idosos que estão em instituições de longa permanência, como asilos e casas de repouso.
Nesta segunda-feira (23), a aplicação dessa dose de reforço aos idosos foi recomendada pelo Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19, da prefeitura do Rio, que debateu o tema em reunião extraordinária.
A vacinação será feita com doses das vacinas Pfizer ou AstraZeneca, independentemente da vacina recebida pelo idoso nas duas doses anteriores, e o calendário de vacinação será divulgado pela secretaria "dentro de alguns dias", segundo nota emitida pela pasta. O calendário será escalonado, como tem sido toda a vacinação contra covid-19, e a previsão é que se estenda até novembro.
O governo federal já sinalizou que deve aplicar a dose de reforço, mas disse aguardar os resultados do estudo sobre a injeção extra conduzido pelo Ministério da Saúde, previstos para outubro, para definir a estratégia. A adoção dessa medida divide especialistas, mas o registro de infecções e mortes entre vacinados fez o debate ganhar força nas últimas semanas.
Os Estados Unidos anunciaram planos de oferecer doses de reforço a todos os americanos, citando dados que mostram proteção decrescente. Canadá, França e Alemanha também anunciaram campanhas de reforço.