Saúde estuda reduzir intervalo da vacina da Pfizer

A pasta analisa a possibilidade de aplicar a segunda dose após 21 dias, o intervalo atual é de 3 meses

18 ago 2021 - 15h05
(atualizado às 15h51)

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira, 18, que a pasta estuda alterar o intervalo da aplicação da segunda dose da vacina da Pfizer contra a covid-19, a partir de setembro. Em vez dos atuais três meses, o imunizante seria aplicado novamente no intervalo de 21 dias, para avançar no término do esquema vacinal. 

Profissional da área da saúde segura uma seringa com a vacina Pfizer/BioNtech contra Covid-19, em Bruxelas
28/12/2020
REUTERS/Johanna Geron
Profissional da área da saúde segura uma seringa com a vacina Pfizer/BioNtech contra Covid-19, em Bruxelas 28/12/2020 REUTERS/Johanna Geron
Foto: Reuters

O intervalo entre a primeira e a segunda dose que hoje está em vigor foi definido por decisão do Ministério da Saúde, após discussão com a Pfizer, para ampliar a quantidade de pessoas vacinadas com a primeira dose. Queiroga disse, porém, que o atual contexto da doença no País, com diminuição no número de mortes, permite essa alteração.

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"Nós consideramos, agora em setembro, colocar o prazo de 21 dias para avançar na segunda dose", disse o ministro.

Queiroga declarou também que a Saúde encomendou um estudo para analisar a aplicação da terceira dose da vacina CoronaVac. Segundo ele, já há dados disponíveis sobre o reforço dos outros imunizantes.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou um ofício ao laboratório Pfizer, pedindo informações sobre estudos de terceira dose de sua vacina. O órgão quer dados sobre a condução desses estudos e os resultados obtidos até agora.

O US Food and Drug Administration (FDA), principal órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, alterou as autorizações de uso emergencial das vacinas Pfizer e Moderna para permitir a aplicação de uma terceira dose dos imunizantes.

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Caso haja aplicação da terceira dose no País, o reforço começará pelos grupos prioritários, segundo Queiroga. Ou seja, primeiramente os profissionais de saúde, depois os idosos.

O secretário-executivo, Rodrigo Cruz, afirmou que o ministério está simulando um cenário de aplicação de terceira dose da vacina contra a covid para analisar o impacto da imunização "no avanço da vacinação de todo resto da população adulta que ainda falta ser vacinada".

Vacinas para São Paulo

O Ministério da Saúde tem sido criticado pela lentidão na entrega de vacinas contra a covid. O governador de São Paulo João Doria (PSDB) e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) tem se destacado nas críticas ao governo federal pela demora na entrega.

Sem se dirigir especificamente a um Estado ou município Queiroga disse que "é fundamental que se observe o espaço entre as doses" para que o Ministério consiga entregar as vacinas "com a pontualidade desejada".

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"Se cada Estado, cada município resolver fazer a sua própria regra, o Ministério da Saúde não consegue entregar as vacinas com a tempestividade devida e isso atrasará a nossa campanha nacional de imunização", declarou.

A secretária de Enfrentamento à Covid, Rosana Leite de Melo, afirmou que o Estado de São Paulo deve 301.955 doses da CoronaVac ao Ministério. Queiroga declarou não haver má-fé no caso.

"Eu descarto qualquer tipo de conduta de má-fé, não há de maneira nenhuma, é apenas uma questão de divergência de entendimento", afirmou.

"O que a gente está falando aqui são milhares de doses, quando na verdade, nós já distribuímos mais de 200 milhões de doses de vacina. Todo esse questionamento é por um motivo fútil, porque é um percentual ínfimo em relação ao que o governo federal já distribuiu de doses de vacina."

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