Secretários de Saúde alertam contra fim do uso de máscaras

Prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro estão entre os que começam a avaliar a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras

8 out 2021 - 10h06
(atualizado às 12h11)
Pessoas usam máscara em metrô de Brasília
08/07/2020 REUTERS/Adriano Machado
Pessoas usam máscara em metrô de Brasília 08/07/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) defendeu nesta sexta-feira (8) que gestores estaduais e municipais não suspendam o uso de máscaras como medida de proteção contra a covid-19, em meio a informações de que algumas cidades passaram a analisar o fim da exigência.

Em nota, o Conass cita as informações e afirma que sente-se no dever "de apelar a todos os gestores do Sistema Único de Saúde para que mantenham seu uso de caráter obrigatório".

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"A vacinação da população, a testagem e o consequente monitoramento dos casos detectados e de seus contatos, somam-se ao uso de máscaras, à lavagem frequente das mãos e a utilização de álcool em gel como medidas indispensáveis para a superação da pandemia", diz o texto assinado pelo presidente do Conass, Carlos Lula.

As prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro estão entre os que começam a avaliar o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras. Na previsão do Rio, quando a cidade atingir 75% de população vacinada, o uso poderá ser suspenso em locais abertos e sem aglomeração.

A prefeitura paulistana, por sua vez, avalia retirar a exigência de máscara em ambientes externos com base em critérios como o avanço da vacinação na cidade.

No Estado do Rio, o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), publicou há dois dias decreto suspendendo o uso de máscaras em qualquer situação.

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"É preciso que estejamos atentos às experiências frustrantes de alguns países que, acreditando ter superado os riscos, suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscaras, afrouxaram as medidas de prevenção e, por isso mesmo, tiveram recrudescimento importante do número de casos e de óbitos, obrigando-os a retroceder", disse o Conass.

"O momento ainda exige cautela e prudência. Outros interesses que não os da proteção da população não podem se sobrepor à salvaguarda de nosso mais importante patrimônio: a vida e a saúde de todos os brasileiros."

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