Sem Guedes, governo lança programa para retomada econômica

O projeto terá duas vertentes: ordem e progresso, com investimentos estruturantes e ações estratégicas do setor público

22 abr 2020 - 18h02
(atualizado às 18h04)

O programa Pró-Brasil de recuperação econômica pós covid-19, lançado nesta quarta-feira (22) terá sua implantação começando em larga escala a partir de outubro. O cronograma de elaboração do programa foi apresentado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, apesar das divergências da equipe econômica.

O ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto.
O ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

Segundo Braga Netto, a aceitação do programa foi unânime em todos os ministérios, mas na entrevista de apresentação do programa no Palácio do Planalto, não estava presente nenhum integrante da equipe econômica. Não houve anúncio do volume de recursos públicos que pode ser desembolsado.

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Braga Netto disse que a motivação do programa foi baseada no fato de que muitos ministérios começaram apresentar propostas, que serão agora organizadas. "Propusemos o programa a todos os ministros. Foi aceitação unânime a necessidade do programa. E cada ministério vai ter um coordenador", disse Braga Netto.

A primeira reunião de trabalho será na próxima sexta-feira, 24, quando cada ministro vai levar as suas propostas. A fase de estruturação será feita entre maio a julho. Os detalhes dos projetos serão feitos em setembro para a implantação a partir de outubro.

Ordem e progresso

O projeto terá duas vertentes: ordem e progresso, com investimentos estruturantes e ações estratégicas do setor público. Na parte de ordem, haverá arcabouço normativo, investimentos privados, segurança jurídica e produtividade, melhoria do ambiente de negócios e mitigação do impacto socioeconômicos. Na frente de progresso, a previsão é de investimentos em obras públicas e parcerias com o setor privado.

O programa tem foco também, além de infraestrutura, em desenvolvimento do setor produtivo e capital humano. O foco na infraestrutura, citado por Braga Neto, foi transporte, logística, energia, mineração, desenvolvimento regional em cidades e telecomunicações.

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