Andriy Shevchenko está em Londres, cidade em que atuou entre 2006 e 2008, pelo Chelsea, e onde o primeiro-ministro britânico Boris Johnson e o príncipe Charles deram positivo para o coronavírus nos últimos dias. O ucraniano, vencedor da Bola de Ouro de 2004 quando vestia a camisa do Milan, reiterou a importância da quarentena e agradeceu pelo trabalho dos profissionais de saúde.
"A única solução é respeitar as regras do governo, que é ficar em casa e dar aos médicos a oportunidade de fazer seu trabalho, que é realmente enorme. Eles e as enfermeiras, muitas vezes voluntárias, são os heróis do nosso tempo. Devem ser agradecidos por tudo o que estão fazendo", disse o ex-jogador, que conta estar há quase 10 dias isolado em sua casa, longe do centro da capital inglesa.
Sheva nasceu em 29 de setembro de 1976 em Dvirkivschyna, uma vila próxima a Kiev, há apenas quatro horas de Prypiat - onde ficava localizada a usina de Chernobyl. Quando houve o desastre nucelar, em abril de 1986, ele ainda era criança. O jogador, que viveu sob o contexto da época, comparou o acidente com a pandemia atual:
"Sim, vivi um momento muito parecido com este, quando eu tinha nove anos. Repito, a única coisa que precisamos fazer é fazer é evitar comportamentos estúpidos. Nenhum de nós pode ter certeza de que não contraiu o vírus. Não devemos sair, não devemos pensar apenas em nós, mas acima de todas as pessoas para as quais a infecção seria um problema maior".
Shevchenko chegou à Itália para atuar no Milan aos 23 anos, em 1999, em sua primeira experiência fora de Kiev, e colocou-se entre os maiores jogadores da história do clube Rossonero. Agora, o ucraniano vê de longe a crise em decorrência do coronavírus no país, que já teve 86.498 pessoas infectadas e 9.134 mortes pela doença.
"Quero saudar a todos os italianos, estou com vocês. Precisamos ter todos a mesma esperança até que as coisas melhorem. Vamos lá Itália, todos sairemos disso juntos", finalizou a lenda do futebol italiano.