SP pode ter 600 mil casos e 26 mil mortes até fim do mês

Estimativa foi divulgada pelo Centro de Contingência contra a Covid-19, ligada ao governo do Estado; balanço divulgado nesta quinta-feira, 16, mostra que o Estado tem 402.048 casos confirmados e 19.038 óbitos

16 jul 2020 - 13h23
(atualizado às 14h01)

Projeções feitas pelo Centro de Contingência contra a Covid-19 estimam que o Estado de São Paulo pode ter entre 21 mil e 26 mil mortes pelo novo coronavírus até o final de julho. Em números de casos confirmados da doença, a estimativa é de que, até o final do mês, o Estado tenha entre 510 mil a 600 mil casos. As estimativas foram apresentadas em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 16.

Balanço da Secretaria Estadual da Saúde, também divulgado na coletiva, mostra que o Estado tem nesta quinta-feira, 16, 19.038 mortes, 398 delas registradas em 24 horas. E 402.048 casos confirmados, 8.872 deles também registrados em 24 horas.

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João Gabbardo dos Reis, membro do Centro de Contingência contra a Covid-19 de São Paulo, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes
João Gabbardo dos Reis, membro do Centro de Contingência contra a Covid-19 de São Paulo, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes
Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo / Estadão Conteúdo

Houve uma aceleração nas mortes nesta semana. Até recentemente, o cálculo das médias semanais mostrava uma situação de estabilidade ou pequena melhora. Na semana encerrada nesta quarta-feira, o Estado de são Paulo teve uma média diária de 399 mortes.

Isso representa uma tendência de alta, já que, na quarta passada e na retrasada, essa média dos sete dias anteriores era de 251 e 240 óbitos, respectivamente. Na terça-feira, o Estado atingiu o segundo maior número de mortes em 24 horas desde o início da epidemia, com 417 óbitos.

A taxa de ocupação dos leitos de UTI na Grande São Paulo é de 65%. No Estado, de 66,5%. O Estado tem 5.982 pacientes internados em leitos de terapia intensiva e 8.884 em leitos de enfermaria.

Testes e multas por falta de uso de máscaras

O governo anunciou que já foram feitos, até 30 de junho, 1,1 milhão de testes, entre testes rápidos e RT-PCR. Os testes foram realizados tanto por laboratórios públicos quanto privados, que são obrigados a notificar os registros.

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"Em dois meses, aumentamos a nossa capacidade de testagem em mais de 500%", afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen da Silva. O governo pretende, em agosto, realizar 70 testes a cada 100 mil habitantes no Estado.

O governo também divulgou um balanço de autuações em São Paulo pela falta de uso de máscaras nos últimos 15 dias. De acordo com a Vigilância Sanitária Estadual, foram inspecionados 7.013 estabelecimentos. Desse total, houve apenas 20 autuações, sendo 16 delas a estabelecimentos e quatro a pessoas que estavam na rua.

Quem estiver sem máscara em locais públicos tem de pagar multa de R$ 500. Já estabelecimentos comerciais que permitirem pessoas sem o equipamento de proteção em seu interior são multados em R$ 5 mil por pessoa sem máscara.

O valor arrecadado com as multas é destinado à compra de cestas básicas durante a pandemia. O uso de máscaras já é obrigatório em todo o Estado desde 23 de abril, inclusive no transporte público.

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