Pela segunda vez, São Paulo registrou uma taxa de apenas 46% de isolamento social. É o número mais baixo desde que a quarentena foi implementada e o índice já havia sido atingido uma vez, na quinta-feira, 30 de abril. A taxa divulgada pelo governo do Estado neste sábado, 9, é referente à sexta-feira, 8, e tem como base dados de celular de usuários das 104 maiores cidades do Estado, com mais de 70 mil habitantes.
A taxa foi registrada justamente no mesmo dia em que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a prorrogação da quarentena em todo o Estado. A medida passou a valer até o dia 31 deste mês e foi tomada justamente levando em conta os baixos índices de isolamento social e também a pressão no sistema de saúde público. Doria classificou o cenário de "desolador".
O Estado de São Paulo vem tendo taxas abaixo dos 50% (esse número só sobe no final de semana). A meta do governo é 60% e o número ideal é 70%, a fim de evitar um colapso do sistema de saúde. Mas poucos municípios atingem a meta.
Na capital paulista, também diante dos baixos índices de isolamento, o prefeito Bruno Covas (PSDB), determinou um rodízio que prevê restrição maior de circulação na cidade e começa a valer a partir de segunda-feira, 11. Com a medida, a prefeitura quer tirar 50% dos carros das ruas. Carros com placas final par só poderão circular em dias pares. E carros com placas final ímpar, em dias ímpares.
Epicentro da doença no País, o Estado de São Paulo concentra o maior número de casos confirmados e de mortes. De acordo com balanço da Secretaria Estadual da Saúde desta sexta-feira, 8, já são 3.416 mortos e 41.830 casos confirmados. Na Grande São Paulo, a ocupação dos leitos de UTI já é de 89,6%. No Estado, é de 70%.