São Paulo ultrapassou nesta terça-feira, 9, a marca de 150 mil casos confirmados do novo coronavírus. De acordo com balanço divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, São Paulo tem 150.138 casos da doença e 9.522 mortes. Nas últimas 24 horas, foram registrados 5.545 casos. Em 24 horas, houve um recorde de registro de mortes, 334.
"Se nós somarmos o número de ontem (segunda) com o de hoje (terça) e dividirmos por dois, no geral a situação permanece mais ou menos a mesma. O número de óbitos reflete infecções que ocorreram dias, semana atrás", afirmou Carlos Carvalho, chefe do Centro de Contigência Contra a Covid-19. Na segunda-feira, foram registrados 43 óbitos em 24 horas.
Projeções apresentadas pelo governo paulista na semana passada mostravam que o Estado pode ter entre 190 mil a 265 mil casos da doença até o final de junho.
Segundo o governo, o aumento de casos confirmados é fruto do aumento da testagem no Estado. "Vocês têm visto um aumento importante no número de casos. O principal motivo é a incorporação de testes rápidos. A contribuição desses testes no total de casos confirmados tem crescido", afirmou Paulo Menezes, coordenador da Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado de São Paulo.
Nesta segunda-feira, uma resolução da Secretaria Estadual da Saúde tornou obrigatória a notificação de testes positivos e negativos (PCR + sorológico) por parte de prefeituras e laboratórios privados. Com isso, a capacidade diária de testes de coronavírus em todo o Estado deverá girar em torno de 30 mil exames. O Estado tem capacidade para processar 8 mil testes diários e estima contabilizar ao menos outros 20 mil feitos por laboratórios privados.
Ainda de acordo com o balanço divulgado nesta terça, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 74,1% na Grande São Paulo e de 68,6% no Estado. Há 4.481 pacientes internados em leitos de terapia intensiva e 8.073 pacientes em leitos de enfermaria. Segundo o governo, as taxas de ocupação vem caindo no Estado após a ampliação de leitos. O número de leitos disponíveis passou de 3.500 no início da pandemia para mais de 7 mil após entregas de respiradores.
Isolamento social e Plano São Paulo
"Aqui não há colapso no sistema de saúde e nenhuma pessoa ficou sem atendimento. Todas as iniciativas são embasadas na Ciência e na Saúde", afirmou a secretaria de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen. Ela afirmou durante a entrevista coletiva que a quarentena vai salvar 90 mil vidas e resultará em 1 milhão de casos a menos no Estado. A quarentena é válida até o dia 15 de junho, mas, desde o dia 1 começou a vigorar no Estado o Plano São Paulo, que prevê a reabertura econômica, ainda com restrições, em algumas regiões. "Se flexibiliza e se abre onde é possível e se endurece onde é necessário", afirmou.
A taxa de isolamento social registrada na segunda-feira no Estado foi de 47% e de 48% na capital.