STF proíbe bloqueio de respiradores comprados pelo Maranhão

O ministro do STF Celso de Mello concedeu liminar que proíbe qualquer ação de bloqueio dos 68 respiradores pelo Ministério da Saúde

22 abr 2020 - 15h27
(atualizado às 15h46)
Celso de Mello durante sessão do STF
28/11/2012 REUTERS/Ueslei Marcelino
Celso de Mello durante sessão do STF 28/11/2012 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar que proíbe o Ministério da Saúde de bloquear a compra de 68 ventiladores pulmonares feita pelo governo do Maranhão para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus.

Na decisão, o decano do STF entendeu não ser lícito a União fazer esse tipo de requisição de bens adquiridos pelo governo estadual, porque somente poderia ser feito em situações de estado de defesa ou de sítio.

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A decisão sustou determinação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, que havia requisitado à empresa Intermed Equipamento Médico Hospitalar Ltda, responsável pela produção dos respiradores para o Maranhão, "a totalidade dos bens já produzidos e disponíveis a pronta entrega, bem como a totalidade dos bens cuja produção se encerre nos próximos 180 dias".

Contudo, essa determinação do ministério foi posteriormente à compra feita pelo governo maranhense, cujo contrato foi firmado no dia 19 de março e tinha como objetivo equipar novas UTIs que estão sendo instaladas por aquela unidade da Federação para fazer frente a internações por Covid-19.

"(...) Defiro o pedido de tutela de urgência ora requerido, em ordem a determinar à sociedade empresária Intermed Equipamento Médico Hospitalar Ltda. que efetue a entrega ao Estado do Maranhão, no prazo de 48(quarenta e oito) horas, dos 68 (sessenta e oito) ventiladores pulmonares", decidiu o ministro do STF.

O magistrado determinou a imposição de multa de 100 mil reais à empresa caso ela descumpra a decisão.

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