Teremos que usar máscara por mais 2 ou 3 anos, diz cientista

Diretor médico da Sinovac, Zijie Zhang, afirma que a variante Ômicron impõe desafios aos laboratórios

13 dez 2021 - 10h44
(atualizado às 11h28)
Homem de máscara passa em frente a ilustração de vírus em Oldham, no Reino Unido
03/08/2020 REUTERS/Phil Noble
Homem de máscara passa em frente a ilustração de vírus em Oldham, no Reino Unido 03/08/2020 REUTERS/Phil Noble
Foto: Reuters

A variante Ômicron impõe desafios aos laboratórios e sinaliza que a pandemia pode não estar tão perto do fim, segundo o diretor médico da farmacêutica chinesa Sinovac, Zijie Zhang, em entrevista ao jornal Valor Econômico

"Acredito que teremos que usar máscaras, no mínimo, por pelos menos mais dois anos, talvez três", falou Zhang. O cientista ressaltou também que outras ações mais restritivas vão depender da gravidade de cada momento e das decisões dos países. 

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O diretor médico disse ainda que as primeiras doses das vacinas, tanto da CoronaVac quanto das demais, possivelmente são menos eficazes contra a variante Ômicron. Isso, no entanto, não diminui a necessidade de tomar as doses de reforço, porque os laboratórios estão se dedicando para atualizar os imunizantes. 

"Precisamos que a população tome os reforços. Veja, no continente africano somente 10% das pessoas tomaram a vacina. E mesmo nos EUA menos de 40% tomaram as doses de reforço. A melhor maneira de reduzir a transmissão é tomando o reforço", afirmou ao Valor. "Se duas doses protegem por seis meses, talvez o reforço possa proteger por um ano. É o que estamos estudando."

Devido às mutações do vírus, Zhang prevê que deverá haver uma campanha de vacinação periódica contra o coronavírus. "Nós observamos que a presença do nível de anticorpos vai minguando ao longo do tempo. Isso obviamente compromete a efetividade da vacina à medida que o tempo passa. E ainda há o fator das variantes continuarem surgindo. Se o vírus muda, como acontece com o influenza, nós temos que ir mudando a vacina também porque as anteriores começam a não funcionar", explicou. 

Apesar de acreditar que novas variantes surgirão, o cientista disse que a tendência é o vírus se tornar cada vez menos letal. "Essa é a boa notícia...Mesmo que as vacinas não consigam deter as transmissões, o mais importante é que podemos reduzir a gravidade da doença e as pessoas não precisarão ter mais tanto medo dela."

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Fonte: Redação Terra
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