Toffoli diz que não se combate coronavírus com 'achismos'

Presidente do STF diz que é preciso respeitar 'os fatos' e defende que ações sejam tomadas com base em recomendações do Ministério da Saúde

30 mar 2020 - 17h05
(atualizado às 17h56)

BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, disse nesta segunda-feira, 30, que não dá para combater a crise do coronavírus no Brasil com "achismos" e defendeu as recomendações do Ministério da Saúde para isolamento social. "Não dá para ser contra os fatos. Não são achismos que vão resolver o problema", afirmou Toffoli ao Estado.

Mesmo sem querer comentar o passeio do presidente Jair Bolsonaro por ruas de Brasília, neste domingo, 29, quando ele pregou novamente a volta das pessoas ao trabalho, o magistrado deixou implícita sua opinião ao destacar que governantes precisam decidir "racionalmente".

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Toffoli está trabalhando em casa e disse que a quarentena da população é fundamental para impedir o avanço do coronavírus. "As autoridades médicas do mundo inteiro mostram que a pandemia ainda está na elite e não chegou à classe média. O vírus, felizmente, ainda não se popularizou", afirmou o presidente do STF à reportagem. "Agora, o Estado precisa estar preparado para criar condições de atendimento e impedir que a doença chegue à população mais vulnerável. Os fatos estão aí e é necessário respeitá-los."

Nesta segunda-feira,30, Toffoli também participou de uma transmissão ao vivo pela internet com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. Os dois concordaram com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a necessidade do isolamento social para evitar o contágio. No Supremo e em outras cortes os julgamentos de processos foram substituídos por sessões virtuais.

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