UE pode não sobreviver à crise do coronavírus, diz Soros

22 mai 2020 - 11h56
(atualizado às 12h25)
21/06/2019
REUTERS/Lisi Niesner
21/06/2019 REUTERS/Lisi Niesner
Foto: Reuters

O bilionário George Soros disse que a União Europeia pode se separar após a nova pandemia de coronavírus, a menos que o bloco emita títulos perpétuos para ajudar membros fracos, como a Itália.

O novo coronavírus, que surgiu na China no ano passado, paralisou parte da economia global, enquanto os governos aumentaram os empréstimos para níveis nunca vistos em tempos de paz.

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Soros, de 89 anos, disse que os danos à economia da zona do euro decorrentes do novo coronavírus durariam "mais do que a maioria das pessoas pensa", acrescentando que a rápida evolução do vírus significava que seria difícil desenvolver uma vacina confiável.

O veterano dos fundos de hedge e presidente da Soros Fund Management disse que os títulos perpétuos, usados pelos britânicos para financiar guerras contra Napoleão, permitiriam que a União Europeia - criada das cinzas da Segunda Guerra Mundial - sobrevivesse.

"Se a UE não puder considerar isso agora, talvez não consiga sobreviver aos desafios que enfrenta atualmente", disse Soros em uma transcrição de uma sessão de perguntas e respostas enviada por email a repórteres.

"Esta não é uma possibilidade teórica; pode ser a realidade trágica".

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Ele disse que a UE teria que manter seu rating de crédito 'AAA' para emitir essa dívida - e, portanto, ter poderes de aumentar os impostos para cobrir o custo dos títulos.

"Existe uma solução", disse Soros. "Os impostos só precisam ser autorizados; eles não precisam ser implementados."

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