Em meio ao crescimento recorde dos casos do novo coronavírus na Itália, 10 das 20 regiões do país estão com suas UTIs em situação de alto risco devido à pandemia.
De acordo com o monitoramento do Ministério da Saúde, isso significa que, nessas zonas, a probabilidade de pacientes da Covid-19 ocuparem mais de 30% dos leitos disponíveis em terapias intensivas é "máxima".
Ao contrário da "primeira onda", entre março e abril, quando a saturação de hospitais se concentrava no norte da Itália, agora o risco é difuso por todo o território nacional. Segundo o governo, as regiões de alto risco são: Emilia-Romagna, Ligúria, Lombardia, Toscana e Vale de Aosta, no norte; Abruzzo e Úmbria, no centro; e Campânia, Puglia e Sardenha, no sul.
Em entrevista à ANSA, o presidente da associação nacional de anestesistas de UTIs, Alessandro Vergallo, alertou que a pressão sobre as unidades de terapia intensiva está crescendo. "Começamos a viver o medo de que se possa voltar à situação dramática da primeira fase epidêmica", declarou.
De acordo com Vergallo, os anestesistas estão em condição de "alerta" nas 20 regiões da Itália. Segundo o último boletim do governo, o país tem hoje 586 pacientes com Covid-19 internados em UTIs, maior número desde 22 de maio (595).
Em cifras absolutas, as regiões com mais doentes em terapia intensiva são o Lazio (90), onde fica a capital Roma, seguido por Lombardia (72) e Campânia (66). A Itália soma 381.602 casos do novo coronavírus, sendo 8.804 registrados na última quinta-feira (15), recorde desde o início da pandemia, e 36.372 mortes. .