O ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou nesta quinta-feira, 2, que a pasta pretende liberar a aplicação da 4ª dose da vacina contra o coronavírus para a população com 50 anos ou mais. "Nós temos vacinas, o governo federal se preparou para isso", disse, na saída de evento para a regulamentação da telessaúde, em Brasília.
Hoje, a aplicação da dose de reforço extra só está autorizada em âmbito federal para a população com 60 anos ou mais ou para imunossuprimidos, como pacientes oncológicos ou transplantados. Na última semana, a pasta liberou também a aplicação da terceira dose para os adolescentes entre os 12 e 17 anos, em meio à alta de infecções pelo coronavírus no País.
Segundo Queiroga, o recente aumento no número de casos e mortes é um efeito das maiores flexibilizações. "Isso não é só no Brasil, é no mundo todo. Não vamos acabar com o vírus. Queríamos acabar com a covid, não vamos acabar logo, mas temos que continuar com a nossa vida."
"Em relação às máscaras, é direito de cada um fazer uso", completou, reforçando que "impor" o uso da proteção facial "não funciona" e "é muito difícil de fiscalizar". Procurado, o Ministério da Saúde não deu mais detalhes sobre a previsão de Queiroga.
As novas regras para a vacinação ainda não foram oficializadas para as secretarias estaduais e municipais. Em São Paulo, a pasta estadual informou que não recebeu ainda informe técnico do ministério.
Na cidade de São Paulo, o secretário de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, enviou ao governo federal há duas semanas, com cópia para a pasta estadual, pedindo a liberação para vacinar um público mais amplo com a quarta dosel. Além da faixa de 50 a 59 anos com comorbidades, seriam incluídos todos os profissionais de saúde.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, assim que a vacinação para a 4ª dose ao público acima de 50 anos for liberada, a imunização começará imediatamente. A Prefeitura vem detectando aumento nos casos positivos de covid-19 e entende que a vacinação é uma importante arma para frear esse avanço.