Vacina Sputnik V será testada contra variantes em Roma

O imunizante, produzido pelo Instituto Gamaleya, ainda não tem autorização da Agência Europeia de Medicamentos

20 mar 2021 - 10h50
(atualizado às 11h03)

O governador do Lazio, Nicola Zingaretti, anunciou neste sábado (20) que, nos próximos dias, será assinado um acordo com o Instituto Spallanzani, maior referência em doenças infecciosas na Itália, para realizar testes clínicos da vacina russa Sputnik V contra variantes do novo coronavírus.

Frascos com adesivo "Vacina Sputnik V", em foto de ilustração
12/03/2021
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration
Frascos com adesivo "Vacina Sputnik V", em foto de ilustração 12/03/2021 REUTERS/Dado Ruvic/Illustration
Foto: Reuters

O imunizante, produzido pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia, ainda não tem autorização da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para ser usado nos países do bloco, mas será testado para uma avaliação de sua eficácia contra as novas cepas, em boa parte, responsáveis pela deterioração da situação epidemiológica na Itália, conforme afirmado pelo ministro da Saúde, Roberto Speranza.

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"Dentro de alguns dias será assinado um primeiro acordo com o Instituto Spallanzani para a experimentação científica da vacina Sputnik, obviamente aguardando a autorização formal da EMA para o estudo das variantes", declarou o ex-secretário do Partido Democrático (PD) durante uma visita ao centro de vacinação da entidade.

Segundo Zingaretti, "esta é mais uma boa notícia porque nos permite dar um salto à frente em relação à necessidade de aquisição de vacinas".

No início do mês, um comunicado oficial entre os institutos italiano e russo informou que foram avançados "pressupostos de colaboração científica que envolvem compartilhamento de dados, biologia de materiais e tecnologias entre os dois" centros de pesquisas, unidos em apoiar "a necessidade de estabelecer relações estáveis de colaboração científica destinadas ao desenvolvimento e avaliação clínica de novas estratégias de vacinação e terapêuticas".

Na sexta-feira (19), a vacina russa anti-Covid Sputnik V recebeu o apoio da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, para ser incluída no plano de vacinação da UE caso obtivesse o registro da EMA. A política alemã pressupôs a possibilidade de compras autônomas de Bruxelas. A mesma posição também foi expressada substancialmente pelo primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.

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"Merkel me disse que se a autoridade europeia aprovar a vacina do Sputnik, tudo bem. Se isso não acontecer, fará de outra forma: é preciso pragmatismo. Devemos primeiro buscar a coordenação europeia, senão fazê-lo", disse Draghi. "Do contrário, na saúde, você tem que estar pronto para fazer você mesmo: é o que Merkel disse e é o que eu digo".

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