Variante brasileira é a que mais preocupa, diz italiano

P.1 corresponde a 4% dos novos casos no país europeu

2 abr 2021 - 11h38
(atualizado às 11h46)

O diretor de prevenção do Ministério da Saúde da Itália, Gianni Rezza, afirmou nesta sexta-feira (2) que a variante brasileira do coronavírus Sars-CoV-2 é a que mais causa preocupação.

Vacinação contra o novo coronavírus em Gênova, Itália
Vacinação contra o novo coronavírus em Gênova, Itália
Foto: ANSA / Ansa

Em coletiva de imprensa em Roma, Rezza destacou que a P.1 não se disseminou tão rapidamente quanto a britânica, que hoje é predominante no país, porém está concentrada em regiões centrais. "A variante brasileira é a que mais nos preocupa", disse o epidemiologista.

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Segundo um estudo divulgado nesta semana pelo Instituto Superior da Saúde (ISS), a P.1 corresponde a 4% dos novos casos do coronavírus Sars-CoV-2 na Itália, porém o índice chega a 32% na região da Úmbria e a 20,5% no Lazio, onde fica a capital Roma.

"É preciso fazer um esforço de contenção dessa variante", acrescentou Rezza. A variante predominante na Itália hoje é a britânica (B.1.1.7), responsável por 86,7% dos novos casos no país, que soma 3,6 milhões de contágios e cerca de 110 mil mortes na pandemia.

 A P.1 conta com mutações na proteína "spike", espécie de coroa de espinhos que o Sars-CoV-2 usa para atacar as células humanas.

No entanto, ainda estão sendo feitos estudos para determinar se a variante brasileira é mais letal e resistente a vacinas que o vírus original.  

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