O diretor de prevenção do Ministério da Saúde da Itália, Gianni Rezza, afirmou nesta sexta-feira (2) que a variante brasileira do coronavírus Sars-CoV-2 é a que mais causa preocupação.
Em coletiva de imprensa em Roma, Rezza destacou que a P.1 não se disseminou tão rapidamente quanto a britânica, que hoje é predominante no país, porém está concentrada em regiões centrais. "A variante brasileira é a que mais nos preocupa", disse o epidemiologista.
Segundo um estudo divulgado nesta semana pelo Instituto Superior da Saúde (ISS), a P.1 corresponde a 4% dos novos casos do coronavírus Sars-CoV-2 na Itália, porém o índice chega a 32% na região da Úmbria e a 20,5% no Lazio, onde fica a capital Roma.
"É preciso fazer um esforço de contenção dessa variante", acrescentou Rezza. A variante predominante na Itália hoje é a britânica (B.1.1.7), responsável por 86,7% dos novos casos no país, que soma 3,6 milhões de contágios e cerca de 110 mil mortes na pandemia.
A P.1 conta com mutações na proteína "spike", espécie de coroa de espinhos que o Sars-CoV-2 usa para atacar as células humanas.
No entanto, ainda estão sendo feitos estudos para determinar se a variante brasileira é mais letal e resistente a vacinas que o vírus original.