Villas Bôas critica "ações extremadas" contra coronavírus

Ex-comandante do Exército diz que País diz que postura do presidente mostra 'coragem e perseverança'

30 mar 2020 - 19h17
(atualizado às 19h25)

Ex-comandante do Exército e atualmente assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Eduardo Villas Boas publicou nesta segunda-feira, 30, em sua conta no Twitter, algumas opiniões sobre a crise causada pelo avanço da covid-19 no Brasil. Na publicação, que foi compartilhada pela conta do presidente Jair Bolsonaro, Villas Bôas elogia o mandatário e fala que o Brasil pode encarar "consequências imprevisíveis", que seriam fruto de "ações extremadas".

O ex-comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas. 
O ex-comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

Na postagem, Villas Bôas diz que o País vive "um momento especial e muito grave" e que tem se preocupado com a falta de "sinergia, integração de esforços e compatibilizações de visões" dos "protagonistas", sem citar nomes. Segundo o general, há o risco dos pobres terem de pagar o preço por "ações extremadas" - expressão usadas duas vezes no texto.

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Sobre Jair Bolsonaro, Villas Bôas diz que o presidente "não tem outra motivação que não o bem estar (sic) do povo e o futuro do País", e que suas posturas mostram "coragem e perseverança nas próprias convicções". Nas últimas semanas, Bolsonaro tem discutido, via imprensa, teleconferências e redes sociais, com governadores e críticos que defendem maiores restrições à mobilidade e ao comércio como forma de conter a disseminação do novo coronavírus. Para o presidente, é necessário "voltar à normalidade" para evitar um colapso econômico.

"Um líder deve agir em função do que as pessoas necessitam, acima do que elas querem", termina o texto de Villas Bôas. O ex-comandante notabilizou-se por suas publicações no Twitter em momentos importantes, como quando falou sobre risco de "convulsão social" no dia anterior ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que poderia colocar em liberdade o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou a cadeia posteriormente, por uma mudança no entendimento do STF sobre cumprimento de pena após condenação em segunda instância.

Em outro momento, Villas Bôas disse ver em falas do presidente francês, Emmanuel Macron, "ameaças de emprego de poder militar" contra a soberania brasileira. Em setembro de 2019, em entrevista ao Estado, o general falou que estava preocupado com as deliberações entre bispos católicos no Sínodo da Amazônia, ocorrido no Vaticano. Para Villas Bôas, o encontro entre religiosos havia adquirido "viés político".

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