O aplicativo de mensagens WhatsApp anunciou nesta terça-feira (07/04) que passou a limitar o reenvio de mensagens para impedir a disseminação de informações falsas sobre a pandemia de covid-19. Usuários poderão encaminhar mensagens retransmitidas com frequência para apenas um destinatário, e não mais cinco como era até a mudança.
A restrição abrange apenas mensagens que são reenviadas diversas vezes e classificadas no aplicativo com o símbolo de "setas duplas". Para as outras mensagens, segue valendo o limite de encaminhamento para até cinco destinatários.
De acordo com o WhatsApp, as duas setas indicam "que essas mensagens não foram criadas pelo contato que as enviou". A empresa também informa em seu blog que "geralmente, as mensagens encaminhadas muitas vezes podem conter informações falsas e não são tão pessoais quanto as mensagens típicas enviadas pelos seus contatos".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou uma forte disseminação de notícias falsas desencadeada pela pandemia. Governos em todo o mundo passaram a exigir das empresas de mídias sociais regulamentações mais rígidas para evitar a propagação deste tipo de conteúdo.
O WhatsApp, que pertence ao Facebook, tem mais de 2 bilhões de usuários em todo o mundo. Nos últimos anos, o aplicativo desempenhou um papel de destaque em vários acontecimentos políticos, como as eleições brasileiras de 2018 e a greve dos caminhoneiros no mesmo ano.
Essa não foi a primeira vez que o aplicativo limita o reenvio de mensagens, que inicialmente era liberado. No ano passado, foi estabelecido o limite de cinco usuários por vez para o encaminhamento de mensagens. A mudança visava conter a disseminação de notícias falsas.
Segundo o WhatsApp, a alteração ajudou a diminuir em 25% o número de mensagens encaminhadas em todo o mundo. "Acreditamos que é importante desacelerar a disseminação de mensagens encaminhadas para que o WhatsApp continue sendo um espaço seguro para conversas pessoais", afirma a empresa.
O WhatsApp afirma que trabalha diretamente com governos e organizações não governamentais, incluindo a OMS e ministérios da saúde de mais de 20 países, para ajudar a levar informações confiáveis à população.