A CPMI do 8 de janeiro se colocou à disposição do sargento Luis Marcos dos Reis para a realização de uma delação premiada. O militar fez parte da Ajudância de Ordens durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi preso na esteira do escândalo do esquema de falsificação de cartões de vacinação.
Em 24 de agosto, ele prestou depoimento para a CPMI e negou irregularidades. Luis Marcos dos Reis é investigado também no âmbito do episódio de vandalismo no início do ano, já que esteve presente na Esplanada dos Ministérios. Os advogados do militar ainda não responderam se aceitarão ou não a sugestão de delação premiada.
A cúpula da comissão de inquérito pretende repetir com o assessor de Jair Bolsonaro, Osmar Crivelatti, em depoimento marcado para esta terça-feira (19), a mesma linha adotada com Mauro Cid.
A ideia é fazer uma inquirição sobre a venda presentes no exterior, uma eventual participação do ex-presidente nos episódios e no contato que teve com Cid na prisão.
Sobre uma delação premiada, a CPMI do 8 de janeiro avalia como difícil que Crivelatti aceite um acordo, já que ele não está preso e ainda faz parte do grupo de assessores aos quais Jair Bolsonaro tem direito como ex-presidente.
A CPMI do 8 de janeiro ainda tenta um acordo, com os partidos de oposição, para a realização de uma acareação entre Bolsonaro e Cid. Há, contudo uma resistência do comando da Câmara dos Deputados, por considerar que seria um constrangimento extremo a um ex-chefe do Poder Executivo.
Claramente, a esquerda hoje confundiu os depoentes. Achou que estivesse lidando com o Yousseff, ou Palocci, em vez do sargento Luís Marcos dos Reis. Um homem que, se tivéssemos em tempos de normalidade, em que o Estado Democrático de Direito tem validade, não estaria preso. pic.twitter.com/J2dwRvKYBH
— MARCOS ROGÉRIO (@MarcosRogerio) August 24, 2023