Nos últimos dias de dezembro de 2024, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) agiu rapidamente para evitar que médicos gaúchos fossem vítimas de um golpe financeiro. Criminosos utilizaram a imagem do Conselho no aplicativo WhatsApp para enviar boletos falsos de cobrança da anuidade aos profissionais de medicina. Assim que a primeira denúncia foi recebida, o Cremers tomou medidas imediatas para conter a situação.
A Assessoria Jurídica do Conselho foi acionada e interpelou a Meta, empresa responsável pelo WhatsApp, e também a plataforma utilizada para emitir os boletos fraudulentos. Além disso, avisos foram enviados para cerca de 40 mil médicos através de e-mail, redes sociais e do site oficial do Cremers, alertando que as cobranças eram indevidas.
A resposta rápida do Cremers mostrou-se eficaz, com diversos médicos relatando que conseguiram evitar o golpe graças aos alertas. "A ação dos colegas foi fundamental para que o Cremers pudesse reagir rapidamente. As denúncias, o monitoramento e a rede de apoio dos próprios médicos nos deram subsídios para tomar uma atitude rapidamente, evitando prejuízos aos profissionais e à credibilidade do Conselho", destacou o presidente da entidade, Eduardo Neubarth Trindade.
O golpe, embora sofisticado, apresentava alguns sinais que levantaram suspeitas. A mensagem enviada por um número desconhecido informava o médico sobre a necessidade de pagar a anuidade para "garantir a continuidade dos serviços" do Cremers. Para convencer a vítima, os golpistas usavam o número de registro do profissional e até localizações reais do Conselho em mapas on-line. No entanto, o contato telefônico utilizado e o formato da cobrança entregavam a fraude.
Na mensagem, os golpistas ofereciam duas opções à vítima: digitar 1 para a emissão do boleto ou digitar 2 caso o pagamento já tivesse sido efetuado. O boleto falso enviado continha um código de barras para a realização da cobrança.
Felizmente, muitos médicos estão bem informados sobre as práticas do Conselho e sabiam que o Cremers não utiliza redes sociais para cobranças ou envio de boletos. Graças à ação rápida do Conselho, a Justiça Federal deferiu o pedido para bloquear o número telefônico e a conta utilizada pelos golpistas, além de exigir a identificação dos responsáveis pelo golpe.