O promotor Alexandre Graça aguarda uma análise complementar do Laboratório de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), antes de decidir os próximos passos da investigação sobre o esquema da “rachadinha” no qual o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho “zero dois” do ex-presidente Jair Bolsonaro, é suspeito de desviar e se apropriar de verbas públicas que deveriam ser usadas para remunerar funcionários de seu gabinete na Câmara Municipal do Rio.
Graça recebeu nesta semana um laudo do laboratório, com a análise da movimentação financeira das contas bancárias investigadas no esquema. Mas técnicos especializados em lavagem de dinheiro devem ainda se reunir com o promotor nos próximos dias para compartilhar outros insights do material analisado.
O MP investiga se Carlos Bolsonaro recebeu de volta parte dos salários de funcionários que trabalharam em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio, onde é vereador desde 2001. É o mesmo tipo de esquema de corrupção pelo qual também é investigado o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o irmão mais velho de Carlos.
De todo jeito, a promotoria avalia que a investigação criminal da “rachadinha” de Carlos caminha para a reta final. O vereador também é investigado na promotoria de tutela coletiva por essa suspeita de “rachadinha”, onde pode também ser acusado de improbidade administrativa.