Daniella Mercury lança música em ato: "A democracia está fragilizada"

A cantora Daniela Mercury foi mais uma das personalidades da sociedade civil a comparecer ao ato em defesa da democracia e do sistema eleitoral na Faculdade de Direito da USP, no centro de São Paulo. Daniela defendeu que "a nossa democracia nunca esteve tão fragilizada desde o fim da ditadura". Além da presença, a cantora também apresentou uma música de protesto na cerimônia.

"Esse não é um ato político partidário, é um ato em favor da democracia. É um ato da sociedade civil, está muito claro. Não é a favor de um ou outro candidato. Estamos aqui para dizer ao governo também qual foi o pacto democrático que nós escolhemos. Que nós amamos a constituição. Que isso fortaleça, avance e não tenha retrocesso", falou a cantora ao comentar sobre o ato desta quinta-feira, 11.

Notícias relacionadas

"Soltou uma Juma Marruá", diz Márcio França em ato pela democracia

"Temos ódio e nojo de uma ditadura", diz Chico Pinheiro em ato na USP

Sociedade civil se reúne para leitura de carta em defesa da democracia

Daniela Mercury, ao explicar sua posição, contou que foi formada politicamente pela MPB e que sempre cantou contra o autoritarismo. "Eu já cantava “É proibido proibir, é proibido proibir”. Eu já cantava todas as músicas porque fui muito bem preparada pela música popular brasileira para lutar pelas liberdades. Sempre soube dar a devida importância à liberdade de expressão e sempre soube que como artista precisava dela para existir", falou contra o autoritarismo.

À reportagem do Terra, a cantora também fez uma defesa dos símbolos nacionais. Ela estava enrolada com uma bandeira do Brasil e defendeu que ela não deve pertencer a um grupo político específicio. 

"Nossos símbolos não são de partidos políticos, não são de ideologias políticas, de siglas partidárias. A gente tem que defendê-los, como defendemos a democracia. Eu amo a minha bandeira e amo o meu hino nacional", completou.