Delegado da PF é confirmado no comando da Interpol: o 1º brasileiro no mais alto cargo da organização

5 nov 2024 - 09h14

Valdecy Urquiza tornou-se o primeiro brasileiro a ocupar o cargo de secretário-geral da Interpol. Ele foi confirmado nesta terça-feira (5) para suceder Jürgen Stock, que ocupava o posto desde 2014.

Delegado da Polícia Federal, o maranhense Valdecy Urquiza é o novo secretário
Delegado da Polícia Federal, o maranhense Valdecy Urquiza é o novo secretário
Foto: geral da Interpol - Polícia Federal / Perfil Brasil

Urquiza assume suas novas responsabilidades em Lyon, França, onde está localizada a sede da Interpol, simbolizando uma nova era para a agência global de polícia com sede desde 1923.

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Dos 196 países-membros da organização, 153 votaram na Assembleia Geral. Destes, 145, representando 96% dos presentes, aprovaram o nome de Urquiza; seis países votaram contra o brasileiro e dois se abstiveram. As informações são do portal g1.

Trajetória de Valdecy Urquiza

Urquiza, de 43 anos, nasceu em São Luís (MA) e é um veterano da Polícia Federal (PF) e tem uma carreira marcada pela dedicação à cooperação internacional e ao combate ao crime transnacional. Sua candidatura ao cargo mais alto na Interpol foi uma progressão natural de sua trajetória, tendo ele atuado como vice-presidente das Américas no Comitê Executivo da organização e trabalhado em várias capacidades na sede internacional em Lyon.

Quais são as prioridades do brasileiro na Interpol?

Com sua vasta experiência, Urquiza destacou que suas prioridades no comando da Interpol incluem o fortalecimento do combate ao crime organizado e à exploração infantil online. Esses desafios exigem uma resposta coordenada e global, dada a natureza transnacional dos delitos que ele pretende enfrentar. Urquiza também enfatizou a necessidade de introduzir novas tecnologias nos países em desenvolvimento como parte da estratégia da organização.

A história da Interpol

A Interpol, criada em 1923 como Comissão Internacional de Polícia Criminal (CPIC), tem evoluído significativamente ao longo de um século. Em 1956, foi rebatizada como Organização Internacional de Polícia Criminal (OIPC-Interpol). Desde então, a organização cresceu de 20 países membros para 196 atualmente, destacando sua importância no combate ao crime internacional.

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Uma parte essencial da Interpol são suas difusões, que vão além do conhecido "alerta vermelho". Estas incluem, por exemplo, a difusão amarela para pessoas desaparecidas e a negra, que lida com cadáveres não identificados. Este sistema diversificado permite à Interpol responder de forma eficaz a uma variedade de cenários e desafios criminais.

O impacto da liderança de Valdecy Urquiza

Em seu discurso de aceitação, Urquiza destacou a importância da tecnologia, diversidade e integridade na gestão da Interpol. Ele acredita que a organização deve ser proativa na incorporação de tecnologias avançadas como inteligência artificial e big data para antecipar e enfrentar ameaças emergentes. Além disso, Urquiza afirmou que a inclusão é essencial para uma aplicação efetiva da lei, envolvendo todas as vozes de seus países membros.

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