As declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre a possibilidade de instituir um "novo AI-5", se "a esquerda radicalizar" foram repudiadas por uma ala do próprio partido do presidente da República nesta quinta-fera, 31. As críticas partiram de políticos ligados ao ao presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), que brigam com o grupo bolsonarista da legenda.
"O filho do presidente calado é um poeta", disse o principal porta-voz de Bivar,
(PSL-SP), em nota. "Repudiamos qualquer tentativa de golpe. O primeiro golpe foi tentar tomar o PSL, o segundo foi usar o Palácio do Planalto para tomar a liderança do partido e agora flerta com um novo AI-5 para instaurar uma ditadura no País", afirmou Bozzella. "É espantoso para não falar repugnante. Nós representamos a democracia e a valorização da liberdade de expressão do cidadão brasileiro qualquer que seja a sua ideologia", afirmou.
"Eu não entendo como um deputado federal pode sequer cogitar algo assim", completou.
Forte crítico da chamada "filhocracia" do governo do presidente Jair Bolsonaro, o senador Major Olimpio (PSL-SP) divulgou um vídeo. "Acho lamentável no dia de hoje discutir ato semelhante ao AI-5 de 1968", afirmou. "Como um parlamentar vai defender o fechamento do Congresso?", completou.
Para outro deputado do PSL, o Coronel Tadeu, também da ala bivarista, falar em ato institucional no atual momento "é algo inimaginável"..