Os deputados estaduais de São Paulo aprovaram na madrugada desta sexta-feira, 14, o orçamento do governo paulista para o próximo ano, o primeiro da gestão de João Doria (PSDB), eleito governador em outubro. O Estado terá disponível cerca de R$ 230 bilhões, valor 6% maior em comparação com a proposta orçamentária de 2018.
Em votação, o projeto foi aprovado com emendas, na presença de 90 deputados. Votaram contra as bancadas do PT e do PSOL. O texto final do projeto segue agora para sanção do governador Márcio França (PSB). Um dos pontos de discussão da votação voi que o projeto prevê uma renúncia de receita em cerca de R$ 17 bilhões.
Para o deputado Enio Tatto (PT), esse é um dos grandes problemas do orçamento. "Tudo bem haver desoneração em alguns setores da economia. No caso da cesta básica, todos concordamos que os impostos devem ser zerados para os produtos ficarem mais baratos para a população. Mas não sabemos qual é a contrapartida disso para o estado, em termos de aumento das vagas de emprego, por exemplo", disse ao site da Alesp. "Precisamos de transparência. Essas desonerações devem ser revistas, pois tiram dinheiro da saúde, da educação e das universidades."
Relator do orçamento, o deputado Marco Vinholi (PSDB) explicou a necessidade de remanejar os recursos. "Está previsto um leve crescimento (econômico) no ano que vem, mas não será possível atender a todas as demandas do estado. Estudamos o que cabia no planejamento e incrementamos os recursos para educação, segurança e saúde. Além disso, temos várias questões pontuais como o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) e o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP)."
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