Durante campanha Novembro Azul, psiquiatra alerta para a importância de observar fatores psicológicos no tratamento da doença.
O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens. São estimados que ocorram 68.220 novos casos em 2018, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar da alta incidência, ainda há resistência dos homens em fazer o acompanhamento médico adequado, dificultando o diagnóstico da doença na fase inicial.
Diante desse cenário, a campanha Novembro Azul tenta conscientizar esse público para a necessidade de prevenir e tratar o câncer de próstata. A detecção precoce é fundamental para o tratamento, já que nessa fase 90% dos casos são curáveis.
Mesmo com um alto índice de cura, o diagnóstico do câncer, em específico o de próstata, pode acarretar transtornos psicológicos. "A preocupação com a sexualidade pode gerar sintomas depressivos e ansiosos. Não apenas a disfunção erétil é causa de consternação, mas também a capacidade de sentir prazer, de se satisfazer sexualmente", avalia o psiquiatra da Clínica Holiste, André Gordilho.
O grau de ansiedade nesses pacientes pode aumentar segundo a evolução da doença ou conforme a agressividade do tratamento oncológico. A depressão também é comum em pacientes com câncer, apesar de não ser frequentemente diagnosticada, o que afeta o tratamento, conforme destaca o psiquiatra.
"Caso seja identificada uma alteração do ponto de vista psíquico no paciente que necessite de intervenção profissional, as diferentes especialidades envolvidas no tratamento oncológico devem trabalhar em conjunto. O diagnóstico da depressão requer cuidado e atenção. Psiquiatras que conhecem as peculiaridades do adoecimento e do tratamento oncológico são os profissionais mais indicados para detectar e ajudar a tratar o problema", ressalta.
Fazer exames de rotina são essenciais na prevenção do câncer de próstata. A Sociedade Americana de Urologia recomenda que o exame de sangue para a dosagem do antígeno prostático específico (PSA) seja realizado anualmente por homens a partir dos 45 anos. Além dele, também é importante o exame da próstata. Quem tem mais de 50 anos, deve procurar um urologista.
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