Facilidade, melhor preço, conforto e comodidade são um dos maiores atrativos para quem vai às compras online, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Focado nisso, lojistas investem em marketplaces que de acordo com a pesquisa da UPS Pulse of the Online Shopper, realizada em 2019 pela PwC em parceria com a UPS (multinacional americana de logística), 95% dos brasileiros fazem ou já fizeram compras online pela plataforma e cerca de 44,1% pretendem comprar novamente.
No atual cenário da pandemia da covid-19, as compras online passaram a ser um dos principais serviços utilizados, principalmente a procura de produtos nos marketplaces. De acordo com Rodrigo Henrique Dadam, formado em Administração de Empresas, com vasta experiência em vendas online, os lojistas que já estão no mercado se aprimoram cada vez mais para alcançar ou se manter entre a concorrência, e os novos empreendedores buscam a melhor maneira de entrar nesse mercado. Mas o que são marketplaces? Conforme o administrador, é um modelo de negócio que surgiu no Brasil no ano 2000, conhecido popularmente como um shopping virtual, onde diversas lojas e marcas são encontradas em um só lugar. "Muitas lojas estão deixando de vender apenas em seu site e entrando cada vez mais nessa modalidade", lembra o profissional.
Segundo Rodrigo Dadam, que trabalha com comércio eletrônico e venda de produtos para o Brasil e toda a Europa, a falta de planejamento estratégico é um dos fatores que mais causam fechamentos de empresas nesse setor virtual, muitos abrem seu negócio sem nenhum conhecimento ou preparação. "Não é uma simples pesquisa vaga que você aprende como abrir seu negócio. A primeira coisa que deve fazer para realmente ter sucesso na sua empreitada é um planejamento. Não é porque você está fazendo vendas online que não precisa de um plano. Precisará decidir qual plataforma irá trabalhar, quais produtos vai vender, procurar bons fornecedores e parceiros", explana Rodrigo, que tem os cursos de Formula Negócio Online, Marketing Digital, Vender no Mercado Livre e Importação.
O melhor de trabalhar com marketplaces é a possibilidade de ter uma estrutura pronta na qual dá suporte para as vendas, afirma o Rodrigo. Mas os cuidados são essencias, pois as plataformas são extremamente rígidas com as regras. E destaca que são inúmeros os comércios virtuais, entre eles os mais conhecidos no Brasil são: Mercado Livre, Uber, Ifood, Amazon e a Shopee.
De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o volume de vendas por meios virtuais cresceu 40% em 2020 comparado a 2019 que representava apenas 5% do volume de vendas. "Muitos não sabem montar uma estrutura para trabalhar, e de forma online não é fácil, tampouco quando não se tem experiência. Há pessoas que podem falar que é simples somente cadastrar produtos e vender, mas não é assim que as coisas funcionam", conscientiza Rodrigo Dadam com uma forte experiência em elaboração de plano de negócio, desenvolvimento estratégico para empresas, gerenciamento de contas e planejamento financeiro, no Brasil e exterior.
O administrador propõe as seguintes orientações para quem deseja abrir o próprio negócio online: fazer um planejamento no qual possa melhorar o workflow (fluxo de trabalho), ler toda orientação da plataforma e ficar ciente do que pode ou não ser feito (para não correr o risco de ter a conta cancelada), iniciar as vendas com produtos mais baratos no intuito de atrair clientes e movimentar a conta (gerando vinculo com a plataforma), observar bem a concorrência e criar uma lista dos potenciais competidores.
"Para ter sucesso no seu negócio, escolha produtos nos quais você saiba trabalhar e tenha afinidade, inicialmente isso facilita para entender como funciona a plataforma, depois de familiarizado pode procurar novos produtos para vender. Estude a plataforma que vai entrar porque cada uma tem diferentes ferramentas, e saiba calcular o valor do frete, muitos esquecem que a forma de cobrar é distinta para cada produto ou cliente. Existem fatores que podem fazer um frete de R$20 custar mais de R$100, tenha atenção. Em uma pesquisa do Boston Consulting Gropu (BCG), 74% dos consumidores compram por conta do frete grátis, então se programe para, pelo menos uma vez no ano, oferecer esse benefício." relata Rodrigo.
Sobre os impostos, Dadam diz que o ideal é procurar um contador de confiança par entender e aprender sobre essa modalidade de tributação, pois pode variar dependendo do tipo de negócio. E alerta para o atendimento ao cliente, porque focar em dar uma boa assistência no atendimento da venda e do pós-venda faz toda diferença no consumo dos produtos e no retorno para comprar mais.
"Minha experiência na elaboração de planejamento estratégico, planos de negócios empresariais e principalmente no setor de vendas online faz acreditar que os marketplaces são um tipo de negócio digital que veio para ficar. O cliente é extremamente imediatista, então foque em dar o seu melhor. Não perca a venda por deixar de responder alguma pergunta, ou por não ter dado um bom pós venda. Trate seu cliente como você gostaria de ser tratado. Afinal, é ele que paga suas contas.", finaliza o administrador Rodrigo Henrique Dadam.