De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo vive uma epidemia de estresse: cerca de 90% da população sofre com os efeitos da condição. Mas isso não é de hoje - e as perspectivas preocupam ainda mais quando são considerados os impactos que a pandemia de Covid-19 está trazendo para a saúde mental da população.
Os brasileiros, que já foram classificados em primeiro lugar pela OMS no ranking dos mais ansiosos do mundo, agora sentem o estresse se intensificar. É o que diz uma pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que aplicou um questionário online entre março e abril de 2020, considerando a resposta de 1.460 pessoas de 23 estados. Segundo o levantamento, os níveis de estresse e ansiedade tiveram um aumento de 80% nesse período, sendo as mulheres as mais afetadas.
Para combater o estresse e seus efeitos, o primeiro passo é tornar-se consciente do problema e se propor a fazer mudanças positivas na rotina e no estilo de vida. Contar com a ajuda de um profissional da saúde também é essencial em alguns casos, já que só o olhar atento do especialista pode determinar quais intervenções são necessárias para reverter o quadro. "É importante entender que o estresse não é uma doença. Ele é uma reação natural do organismo, essencial diante de uma situação de perigo, por exemplo. O problema é quando ele se torna desproporcional e crônico, causando desordens metabólicas que ameaçam a saúde", afirma o nutricionista Rafael Félix, da Via Farma.
A química do estresse
Como explica Félix, sentir-se estressado uma vez ou outra é completamente normal, principalmente diante de cenários adversos, como o atual. É um processo comum em diversas fases da vida, que está diretamente relacionado à ansiedade, já que o indivíduo estressado costuma sentir-se ansioso na maior parte do tempo. Mas a ansiedade não é um sentimento ruim e pode, inclusive, ser benéfica quando sua intensidade é de leve a moderada. Na prática, o "nível ótimo" de ansiedade é capaz de melhorar a concentração e a performance. No entanto, quando esse percentual é ultrapassado e sai de controle, o rendimento cai, a ansiedade assume caráter destrutivo e pode levar ao estresse crônico.
Especialistas apontam que o processo de estresse é dividido em três fases. A primeira é a de alerta, na qual ocorrem picos de liberação do hormônio cortisol, em resposta a uma ameaça, causando uma série de sintomas físicos que caracterizam a reação de luta ou fuga. "Esse instinto é um mecanismo de defesa programado no cérebro humano desde os primórdios, como forma de garantir a sobrevivência da espécie", explica Félix. Nos tempos atuais, diversos estímulos são capazes de despertar essa reação, desde uma real ameaça à vida até o simples fato de estar preso no trânsito, atrasado para uma reunião importante. O resultado desse pico de cortisol, associado à liberação de adrenalina, é o famoso frio na barriga, acompanhado de sudorese, respiração curta, pupilas dilatadas e coração acelerado.
Felizmente, esse pico de cortisol costuma durar pouco tempo. No entanto, algumas pessoas entram e saem desse estado de alerta tantas vezes no dia que o hormônio pode deixar de ser liberado em picos e passar a ser secretado de maneira sustentada e acima dos níveis normais, formando um platô que caracteriza a segunda fase do processo de estresse, a resistência. Esse é o momento no qual o estresse e a ansiedade começam a representar riscos para a saúde: após meses ou até anos na fase de resistência, o organismo pode entrar na etapa de exaustão, na qual começam a surgir doenças relacionadas à permanência prolongada no processo de estresse. "A imunidade fica prejudicada e também podem aparecer diversas desordens metabólicas, aumentando o risco de diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardíacas, transtornos de ansiedade e depressão, por exemplo", afirma o nutricionista.
Composição corporal em xeque
O controle de peso é um dos pontos de atenção quando o assunto é estresse crônico. "Comer em excesso é umas das principais formas que as pessoas encontram para aliviar a ansiedade, o que leva ao ganho de peso e à obesidade. Além disso, pessoas estressadas costumam consumir alimentos inflamatórios e altamente calóricos, piorando o quadro", destaca. O especialista ainda lembra que diversos estudos mostram a relação entre níveis elevados de cortisol e a perda muscular, piorando a composição corporal. "Assim, torna-se necessário modular os níveis de cortisol para reverter o processo de estresse e deixar o corpo metabolicamente mais favorável para ganhar massa e perder gordura", explica.
Especialista em nutrição esportiva, Félix chama a atenção para os efeitos negativos do estresse sobre atletas que competem nas mais diversas categorias. "O excesso de cobrança, muitas vezes, gera grande estresse psicológico, que associado ao estresse mecânico dos treinos, eleva o cortisol a um nível capaz de derrubar a performance", diz. Para não causar o efeito oposto do desejado, o recomendado é respeitar os momentos de descanso do corpo e da mente, já que o sono de qualidade e os momentos de lazer são peças-chave para sair do processo de estresse e preservar um bom rendimento em qualquer tipo de atividade.
Reequilíbrio
Assim como no esporte, na vida também é preciso reconhecer quando algo está levando o organismo para além dos limites da exaustão. Exemplo disso é o próprio trabalho, que em excesso, pode ocasionar um quadro de estresse crônico conhecido como Síndrome de Burnout. "Em casos como esse, o acompanhamento médico e a psicoterapia são essenciais. Uma readequação da dieta e a prática de exercícios físicos regulares também são ferramentas poderosas para a recuperação. Terapias naturais com eficácia comprovada por estudos, como a suplementação com extrato de carvalho francês (Robuvit®), também podem ser avaliadas para acelerar a recuperação, reduzindo a fadiga e aumentando a diposição", indica o nutricionista.
Para outros quadros de estresse, associados ou não ao trabalho, pode ser benéfico buscar a ajuda de um nutricionista que possa auxiliar no equilíbrio dos nutrientes na dieta, priorizando alimentos anti-inflamatórios. "O ômega 3, por exemplo, tem sido apontado por diversos estudos como modulador do estresse, devido suas propriedades neuroprotetoras e anti-inflamatórias. Uma alimentação natural, com a ingestão balanceada de carboidratos e rica em zinco e magnésio, também é importante para promover o equilíbrio bioquímico necessário para reverter o quadro de estresse", aponta o nutricionista. "Paralelamente, é preciso que o paciente siga o tratamento indicado pelo médico, em casos nos quais terapias farmacológicas são necessárias. Alguns indivíduos podem responder bem apenas com abordagens naturais, como o apocynum venetum (Venetron®)*, por exemplo, que ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, normalizando os níveis de serotonina e melhorando a qualidade do sono", finaliza.
*Ativo fornecido pela Via Farma a farmácias de manipulação no Brasil, com padrão de qualidade BPDF, certificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA), órgão regulatório norteamericano. Toda suplementação deve ser feita com indicação e acompanhamento de um médico ou nutricionista.
Sobre a Via Farma
Com sede em São Paulo, a Via Farma fornece matérias-primas inovadoras e de credibilidade para o mercado magistral em todo o País, com foco em vitalidade e expertise nas áreas de Fisiologia Esportiva, Equilíbrio e Longevidade. A missão da companhia é oferecer soluções inovadoras para uma medicina cada vez mais personalizada. Sempre em busca de inovações com embasamento científico e alto nível de eficácia, a Via conta com certificações de qualidade da Anvisa e do FDA, órgão regulatório norteamericano. Desde 2012, faz parte do Grupo Fagron, multinacional holandesa e líder global no fornecimento de medicamentos personalizados para hospitais e farmácias em mais de 30 países e cinco continentes.
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