Pesquisa revela como a pandemia da COVID-19 impacta as empresas das maiores favelas do país

7 ago 2020 - 18h36
(atualizado às 19h12)

A pandemia da COVID-19 despertou uma série de preocupações e inseguranças em todo o mundo. No Brasil, assuntos como a desigualdade social e as consequências do cenário para as classes mais baixas vieram à tona, junto a uma série de questionamentos como: os moradores das favelas do país vão ser mais afetados? Os abalos financeiros serão mais drásticos para essa parcela da população? Como os pequenos negócios vão sobreviver neste contexto?

Foto: DINO / DINO

Para entender os impactos reais da crise nas favelas do país, o Outdoor Social® - negócio que atua no mercado brasileiro de publicidade instalando painéis publicitários para a comunicação nas periferias e no desenvolvimento de pesquisas de opinião e consumo com este público - realizou uma pesquisa com empresários do G10 - Ampliado, grupo formado pelas maiores comunidades do país, entre elas Rocinha, Complexo do Alemão, Paraisópolis e Heliópolis. "Vimos a necessidade de compreender as consequências do cenário atual para os empreendedores das periferias e como eles tem reagido à crise", explica Emília Rabello, fundadora do Outdoor Social®.

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Perfil dos negócios

De acordo com o estudo, 53% negócios das comunidades pesquisadas são geridos por empreendedores. Dentre eles, mais da metade pertencem a pessoas da geração X, representada pela faixa etária que vai dos 36 aos 55 anos. A geração Y (20 a 35 anos) fica em segundo lugar (38%) e os Baby Boomers, com mais de 56 anos, são minoria (11%).

A maioria dos empreendimentos pesquisados (78%) já é consolidada no mercado da região e têm mais de cinco anos de atuação. Há destaque para negócios ligados a alimentação, que representam 37% do total. A venda online já é utilizada por quase metade deles (49%).

COVID-19 e os impactos nas empresas do G10

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Por conta do isolamento social, iniciado no mês de março no Brasil, 71% dos negócios tiveram que fechar as portas por um período, porém, até o mês de junho, 61% desta parcela já havia retomado as atividades. 98% passaram a ter mais cuidado na hora de vender e receber os pagamentos e 87% notaram medo de contaminação pelo vírus nos seus clientes.

Apesar do fechamento, 89% deles mantiveram seus funcionários. Nas empresas que precisaram fazer cortes na equipe, a média de demissão foi de 2,6 pessoas.

Quando questionados sobre o prejuízo, 88% dos entrevistados afirmam que tiveram seus lucros diminuídos; 71% deles perderam pelo menos metade do faturamento, se comparado ao período anterior à pandemia.

Outra questão abordada foi a entrega de mercadorias por fornecedores, que tem sido uma dificuldade para grande parte dos entrevistados. Ainda assim, 86% mantiveram os preços dos produtos e serviços oferecidos aos clientes.

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Empresas G10 e soluções

Mesmo com a diminuição nos lucros e a dificuldade em receber mercadorias, a maior parte dos participantes (74%) não aceitaria pegar um empréstimo. Dos que aceitariam a proposta, 52% utilizaria a renda extra para repor os estoques de sua empresa, 22% para quitar folhas de pagamento e rescisões e 26% para fins pessoais.

Website: http://www.outdoorsocial.com.br

Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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