Dólar cai para R$5,91 pela primeira vez desde dezembro

O dólar opera em queda nesta quarta-feira (22), com mínima de R$5,91. A redução do valor está relacionada com especulações sobre a política tarifária anunciada por Donald Trump em seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos.

Durante seus primeiros dias de mandato, ele anunciou potenciais tarifas sobre a China e a União Europeia, o que levou a um movimento de enfraquecimento do dólar em âmbito global. A abordagem de ameaçar antes de implementar medidas tem criado um cenário de especulação entre investidores.

Notícias relacionadas

Moradores em situação de rua teriam participado de foto com filho de Trump em troca de comida na Groenlândia

Estou de licença médica, posso ser demitido ao ser flagrado viajando ou em uma festa?

Aviões estão despejando água do oceano nos incêndios de Los Angeles - por que a água salgada é normalmente o último recurso

Ao mesmo tempo, Trump expressou a intenção de revisar tarifas comerciais com o México e Canadá, argumentando preocupações com o fluxo de drogas. Essa postura protecionista, característica desde sua campanha presidencial, gera dúvidas sobre suas consequências no comércio internacional, incluindo os possíveis impactos no Brasil.

Como as declarações de Trump afetam o dólar?

As declarações incisivas de Trump têm um efeito direto sobre os mercados financeiros. Suas promessas de tarifas e reforço de políticas protecionistas têm potencial para desencadear reações variadas nos mercados globais. Na terça-feira, Trump sugeriu tarifas de 10% sobre produtos chineses, o que adicionou mais incerteza ao mercado.

A volatilidade se reflete no comportamento do índice Ibovespa e na cotação do dólar. Enquanto o índice oscila com a dinâmica interna e externa, o dólar apresentou quedas significativas, impactando transações comerciais e investimentos estrangeiros.

Qual o papel do Brasil nesse cenário econômico?

A relação entre Brasil e Estados Unidos continua a ser um ponto de interesse. Trump afirmou que os EUA são mais essenciais para a América Latina do que o inverso. "A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós", disse após ser questionado sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma coletiva de imprensa.

Internamente, o Brasil enfrenta desafios econômicos com a expectativa de políticas fiscais mais rigorosas. A aprovação do orçamento e a proposta de reforma do Imposto de Renda são prioridades discutidas pelo governo. Além disso, o fluxo cambial em janeiro mostrou um saldo negativo significativo, ressaltando a necessidade de estabilidade nas políticas econômicas.