Domo de Ferro de Israel intercepta foguetes disparados do Líbano

Os projéteis foram interceptados e destruídos no ar; quase 2.000 pessoas morreram desde o início dos ataques israelenses

5 out 2024 - 11h52

O sistema de defesa aérea Domo de Ferro de Israel interceptou foguetes lançados do Líbano na sexta-feira (4), enquanto o cenário ao norte da fronteira permanecia com trocas de tiros contínuas entre as forças israelenses e os combatentes do Hezbollah, apoiados pelo Irã. Os foguetes foram interceptados e destruídos no ar, perto da fronteira com o Líbano.

Fumaça sobe no local dos ataques aéreos israelenses em 28 de setembro de 2024 nos subúrbios ao sul de Beirute, Líbano
Fumaça sobe no local dos ataques aéreos israelenses em 28 de setembro de 2024 nos subúrbios ao sul de Beirute, Líbano
Foto: Getty Images / Perfil Brasil

Quase 2.000 pessoas morreram desde o início dos ataques israelenses ao Líbano no ano passado, incluindo 127 crianças, informou o ministro da Saúde libanês. A maior parte das vítimas foi registrada nas últimas duas semanas.

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Como funciona o sistema Domo de Ferro?

O sistema Domo de Ferro é uma peça-chave na defesa de Israel contra ameaças aéreas. O sistema utiliza radares para detectar foguetes inimigos e calcula rapidamente suas trajetórias. Se uma ameaça é identificada como crítica, o sistema lança interceptadores que destroem os foguetes no ar, antes que alcancem seus alvos.

Escalada nos conflitos do Oriente Médio

O ataque de mísseis lançado pelo Irã contra Israel no dia 1º representou uma nova escalada na crise do Oriente Médio. O conflito opõe, de um lado, Israel com o apoio dos Estados Unidos, e de outro, o Eixo da Resistência, um conjunto de grupos paramilitares financiados e armados pelo Irã.

Atualmente, existem sete frentes de batalha: a própria República Islâmica do Irã, o Hamas na Faixa de Gaza, o Hezbollah no Líbano, o governo sírio e as milícias que operam no país, os Houthis no Iêmen, grupos xiitas no Iraque e várias organizações militantes na Cisjordânia.

Israel mantém tropas em três dessas regiões — Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza — e realiza ataques aéreos nas outras quatro.

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No dia 30 de setembro, o Exército israelense iniciou uma "operação terrestre limitada" no Líbano, pouco tempo após a morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, em um ataque aéreo ao quartel-general da organização nos arredores de Beirute.

De acordo com as Forças de Defesa de Israel, praticamente toda a liderança do Hezbollah foi eliminada em ataques semelhantes nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano sofreu seu dia mais violento desde o conflito de 2006, com mais de 500 mortes registradas.

Entre as vítimas, pelo menos dois adolescentes brasileiros morreram nos bombardeios. O Itamaraty condenou a escalada da violência e solicitou o cessar-fogo imediato. Diante do agravamento da situação, o governo brasileiro anunciou a repatriação de cidadãos no Líbano.

Na Cisjordânia, Israel tenta enfraquecer os grupos que resistem à ocupação israelense da região.

Na Faixa de Gaza, o objetivo israelense é destruir o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro, que provocou mais de 1.200 mortes, conforme dados oficiais de Israel. Em resposta, a ofensiva israelense na região resultou em mais de 40 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, sob controle do Hamas.

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O líder do Hamas, Yahya Sinwar, permanece escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estão reféns israelenses sequestrados pelo grupo.

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