A viúva do guarda municipal Marcelo Arruda, assassinado por um bolsonarista enquanto comemorava seu aniversário de 50 anos com uma festa temática do Partido dos Trabalhadores, definiu o episódio como um "extremismo ridículo" e uma "estupidez".
Em entrevista à Globo News, a policial civil Pâmela Suellen Silva, 38, conta que estava bem próxima ao marido quando o agente penitenciário Jorge José Guaranho invadiu o final da festa atirando. O caso ocorreu por volta das 0h00 deste domingo, em Foz do Iguaçu (PR), na presença de cerca de 15 convidados.
"Ele estava manobrando o carro, de repente abriu o vidro e começou a gritar: 'PT lixo', 'Lula ladrão', 'Bolsonaro'... Foi quando o Marcelo foi conversar com ele, falando para ele sair, porque era uma festa particular e só tinha família. Ele sacou a arma e apontou para o Marcelo", relatou a viúva que disse que o bolsonarista estava com a esposa e o filho bebê dentro do carro.
"A esposa pediu para que ele parasse também, mas ele estava muito alterado. E falou para o Marcelo: 'Eu vou voltar'. E ele saiu, mas poucos minutos depois ele voltou e já saiu do carro atirando", completa ela.
Segundo ela, Arruda morreu protegendo todos os seus convidados. "Infelizmente nós perdemos ele. Eu estou sem chão. É uma extrema estupidez tudo isso que aconteceu. Eu perder meu marido, o pai dos meus filhos por um extremismo ridículo. A dor que toda família está sentindo é terrível. É irreparável tudo que está acontecendo ", disse ela chorando.