A 1ª Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial (ONIA) está com inscrições abertas para estudantes de todo o país. Podem participar alunos matriculados da 8ª série do Ensino Fundamental até o último ano do Ensino Médio. Dividida em quatro fases, a competição traz como diferencial duas etapas de letramento e aprofundamento no tema, seguido de capacitação e treinamento para os participantes que avançarem.
Organizada pela gaúcha EduSpace, startup especializada em desenvolver soluções digitais para governança e gestão de redes de ensino, pelo Hub de Inovação em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e pelo Instituto de Inteligência Artificial, vinculado ao Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a competição premiará os quatro melhores colocados com uma viagem para Pequim, na China, para representar o Brasil na Olimpíada Internacional de IA (International Olympiad in Artificial Intelligence, IOAI) 2025.
"Estamos caminhando e o trem está passando, não estamos correndo com a velocidade que seria necessária para alcançá-lo. No entanto, ainda há vagões que podemos subir", diz o engenheiro físico Antônio Henrique Carlan Júnior, referindo-se ao atual momento brasileiro na IA. "Temos um mercado latente e uma demanda que será cada vez maior. Queremos que o Brasil seja protagonista e não acabe como foi com os microprocessadores e chips que, hoje, só compramos de fora, pois ninguém consegue fazer no país", continua Carlan, que é coordenador da ONIA e membro do board da competição IOAI.
Estímulo para que país avance no tema
Embora possa passar despercebida, a IA está presente em diversos momentos do cotidiano. Dos aplicativos que indicam o caminho mais curto e sem trânsito para o trabalho até as assistentes virtuais presentes em celulares e outros dispositivos eletrônicos - sem contar inúmeros outros usos mais ou menos sofisticados, nos mais diversos segmentos.
Para estimular a formação de jovens letrados no tema, a ONIA foi concebida em quatro fases distintas, sendo as duas primeiras totalmente virtuais. Nessas duas iniciais, o objetivo é fazer uma introdução ao tema e um aprofundamento crítico, instrumentalizando os participantes para conhecerem e aplicarem os conceitos de IA. Não há necessidade de conhecimento prévio. Já a terceira e a quarta fase, são dedicadas à preparação dos estudantes para a Olimpíada Internacional. Nesse momento, os alunos que avançarem terão aulas e um treinamento específico para a competição no exterior. "O Brasil é um imenso exportador de cérebros. Temos que deixá-los aqui e fazer com que eles se desenvolvam cada vez mais o próprio país", avalia Carlan.
Os quatro melhores colocados, além das medalhas de ouro a serem recebidas na sede do LNCC, em Petrópolis (RJ), farão parte da equipe brasileira que competirá em Pequim, na China, em 2025, representando o país nessa competição mundial entre estudantes do Ensino Básico.
1ª Olimpíada Nacional de Inteligência Artificial
Fase 1: de 13/11/24 a 02/12/24
Fase 2: de 11/12/24 a 18/12/24
Fase 3: de 10/02/25 a 17/02/25
Fase 4: abril de 2025
Inscrições: gratuitas, pelo https://www.oniabrasil.com.br/