Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) que realizaram a inscrição na primeira etapa do Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (PAPFE) para receber o benefício estudantil reclamam de demora na divulgação dos resultados. Embora no cronograma conste a data de 7 de março para a divulgação do primeiro resultado, muitos afirmaram que o nome apareceu em lista de espera. Em nota, a USP disse que a lista se refere aos estudantes que vão entrar nas próximas chamadas.
"A situação das bolsas de permanência estudantil da USP está crítica. Boa parte delas vai ser paga só em abril e, com isso, muitos calouros estão desistindo. Eles deveriam ter o resultado em março, assim como o início do pagamento", afirma Beatriz Calderon, diretora do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Livre da Universidade de São Paulo (USP).
Ela disse que a Pró-Reitoria divulgou nota informativa para os estudantes, mas não esclareceu a situação. "Disseram apenas que os resultados da lista de espera seriam divulgados até abril. O problema é que muitos calouros não vão conseguir ingressar na universidade, pois, os que não são daqui não têm o dinheiro necessário para virem para São Paulo. Fizemos uma plenária na quinta-feira, 9, em que participaram mais de 300 pessoas", relatou a diretora do DCE.
Ainda de acordo com a instituição, as listas de espera são as previstas no edital para abril. A seleção dos elegíveis é feita pelas assistentes sociais com base nos critérios socioeconômicos. "Desta forma, a primeira lista contemplou as pessoas com mais necessidades financeiras", disse a USP. Quem está na lista de espera permanece no processo e deve aguardar a divulgação dos novos resultados em 6 e 13 de abril de 2023.
Conforme a universidade, o PAPFE integra a política de permanência da universidade e visa a concessão de benefícios, especificados em edital, a alunos regularmente matriculados em cursos de graduação e pós (stricto sensu) da universidade, de acordo com os recursos determinados pela instituição, priorizados em processo de classificação socioeconômica com critérios unificados e pré-estabelecidos para todos os câmpus da USP.
Nesta modalidade, o aluno precisa ter renda familiar mensal bruta de até três salários mínimos por pessoa, entre outros requisitos