Alunos gaúchos participam de processo seletivo para campeonato nacional de robótica educacional

Área promove aprendizado multidisciplinar e instiga a busca por soluções para problemas reais

9 jan 2025 - 19h40

Nesta quinta e sexta-feira, dias 9 e 10, a stemOS, em parceria com o Colégio Farroupilha e o SESI local, realizará a Seletiva FIRST® Tech Challenge (FTC) no Rio Grande do Sul. O evento reunirá oito equipes de estudantes do Ensino Médio, provenientes de escolas públicas e privadas de diversas cidades do estado. Os participantes disputarão três vagas para o Torneio SESI de Robótica, etapa nacional programada para ocorrer em Brasília, no próximo mês de março.

Foto: Divulgação / Porto Alegre 24 horas

A seletiva será sediada no Colégio Farroupilha, localizado na Rua Carlos Huber, 425, bairro Três Figueiras, em Porto Alegre. As competições terão início às 16h de quinta-feira e continuarão ao longo da manhã e tarde de sexta-feira, dia 10. O evento deve reunir aproximadamente 150 competidores de escolas das cidades de Erechim, Gravataí, Montenegro, Novo Hamburgo, Porto Alegre e Sapucaia do Sul, além de receber cerca de 200 visitantes.

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Pela primeira vez, o Rio Grande do Sul terá uma seletiva para participar do Torneio SESI de Robótica, justamente pelo surgimento de mais equipes interessadas em competir na área no estado gaúcho. "Em 2018 tínhamos 16 equipes no Brasil e agora em 2025 temos 170 equipes, o que demonstra o crescimento da robótica educacional nos últimos anos", explica Filipe Ghesla, sócio da stemOS, empresa de Novo Hamburgo que é pioneira em robótica educacional no país e tem o propósito de levar programas e competições de robótica a crianças e jovens. "Esses dois dias serão o ponto de culminação de todo o trabalho dos estudantes, que estão desde setembro se preparando", define.

Na Seletiva FTC Rio Grande do Sul, as equipes apresentarão robôs construídos de forma inovadora. "Mas não é só sobre construir um robô e competir, já que as equipes também precisam apresentar um plano de negócios e mostrar como envolvem a comunidade com ciência e tecnologia, se organizando como pequenas empresas para ir atrás de patrocinadores e pensar na sustentabilidade da equipe. Além da parte de robótica em si, são várias habilidades desenvolvidas, porque também tem um lado de empreendedorismo", contextualiza Ghesla.

A robótica educacional adota uma metodologia de ensino ativo e multidisciplinar conhecida como STEAM, que combina Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes, Matemática, Humanidades e consciência ambiental. Nesse formato, o aluno assume um papel central no aprendizado, sendo incentivado a desenvolver soluções para desafios do mundo real.

"O país precisa de pessoas que se voltarão para engenharias, que serão programadores, por exemplo. A robótica educacional é uma forma de proporcionar esse incentivo, pensando no futuro da educação e do país. Os jovens precisam entender as necessidades do futuro. É uma oportunidade vocacional, para eles experimentarem uma área e entenderem se gostam", avalia o sócio da stemOS.

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Ghesla ainda lembra que as seletivas regionais são fundamentais para as equipes se classificarem para a etapa nacional e, então, competirem no torneio mundial de robótica, sendo que no ano passado equipes brasileiras foram premiadas nessa última fase. Além disso, ele reforça que na competição mundial de robótica os candidatos concorrem a bolsas de estudo em universidades de prestígio ao redor do mundo - MIT, Boston University, Oklahoma State, Ohio State, Syracuse, Yale, WPI, sendo mais de 80 milhões de dólares distribuídos em bolsas de estudo para participantes dos programas da FIRST®.

Crédito @uffizicom

Para outras dúvidas, entrar em contato com uffizicom@gmail.com

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