Gustavo Metropolo, ex-aluno da Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi condenado nas esferas criminal e cível pelo crime de racismo cometido em um grupo de WhatsApp contra um colega negro da universidade.
O caso ocorreu em 2018 quando Metropolo compartilhou uma imagem do colega João Gilberto Lima, que é negro, perguntando se alguém havia perdido um 'escravo'. ''Achei esse escravo aqui no fumódromo! Quem for o dono avisa!“, escreveu ele na ocasião.
-
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
A vítima, João Gilberto, procurou o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) para entrar com ação judicial pelo crime de racismo. No processo, ele foi representado pelo advogado Daniel Bento Teixeira.
Metropolo chegou a justificar que o seu celular teria sido roubado e a postagem não teria sido feita por ele. Mas a Justiça provou que o conteúdo foi publicado por ele.
Assim, Gustavo Metropolo foi condenado em primeira instância à pena de dois anos e quatro meses de reclusão e 23 dias-multa. A pena foi substituída por duas penas restritivas de direitos de prestação de serviços à comunidade e pecuniária de 5 (cinco) salários mínimos em favor da vítima.
Posteriormente, em segunda instância, o Tribunal de Justiça de São Paulo reformou parcialmente a decisão, restabelecendo a pena em dois anos de reclusão e dez dias-multa, no valor de meio salário mínimo para cada dia-multa.
Na Justiça Cível, Gustavo foi condenado em primeira instância a pagar indenização por danos morais (R$ 30.000,00) e materiais (R$ 13.980,00 - valores gastos por João Gilberto com assistência médica e psicológica).