O Ministério da Educação divulgou o 1º Relatório de Resultados do Indicador Criança Alfabetizada. O documento aponta 56% de crianças alfabetizadas na rede pública de ensino, cenário 1 p.p. superior ao registrado antes da pandemia da Covid-19 em 2019. A meta do MEC é chegar em 2030 com 80% de crianças alfabetizadas.
O Ministério da Educação (MEC) divulgou dados animadores sobre a alfabetização no Brasil. Segundo o 1º Relatório de Resultados do Indicador Criança Alfabetizada, cerca de 56% das crianças entre 6 e 7 anos foram alfabetizadas em 2023 na rede pública de ensino. O número é 20 pontos percentuais acima do declarado pelo Sistema de Avaliação Básica (Sabe) em 2021 e 1 ponto percentual acima do registrado antes da pandemia de Covid-19, em 2019.
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O relatório foi divulgado na última terça-feira, 28, e faz parte do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, lançado em 2022. O documento foi montado a partir das avalições feitas por cada estado e alinhado pelo MEC. Segundo o Ministério, 85% das crianças da rede pública de ensino participaram da pesquisa.
Entre os 26 estados e o Distrito Federal, três se destacaram com os maiores percentuais. O Ceará, com 85% de crianças alfabetizadas, o Paraná, com 73% e o Espírito Santo, com 68%. Os menores índices ficaram com Sergipe, com 31%, Rio Grande do Norte e Bahia, ambos com 37%.
A melhora nos números é, segundo o MEC, o resultado de um grande investimento: pouco mais de R$ 1 bilhão foram repassados aos estados e municípios que toparam aderir à política de alfabetização. Desde que o programa foi criado, há 2 anos, 19 estados brasileiros já instituíram as políticas, enquanto 8 ainda estão na fase final do processo.
A expectativa do MEC é ter ao menos 60% das crianças alfabetizadas na rede pública ainda em 2024. Para os próximos anos, as metas estipuladas pelo governo federal são progressivas. O cenário ideal é chegar em 2030 com 80% das crianças sabendo ler e escrever.
De acordo com o MEC, os esforços visam reduzir, cada vez mais, o impacto da pandemia na educação básica brasileira.