A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) autorizou que o estudante de pós-graduação acumule bolsa-auxílio com outras atividades remuneradas. A flexibilização foi anunciada nesta quarta-feira, 12, e atende a mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos.
Segundo o órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), as instituições de ensino superior e pesquisa, juntamente com os programas de pós-graduação, terão autonomia para estabelecer suas próprias regulamentações sobre o acúmulo de bolsas. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) ainda não se posicionaram sobre o assunto.
Em nota, a presidente da Capes, Mercedes Bustamante, explica que as novas normas podem ajudar a fomentar a pesquisa científica em áreas nas quais a bolsa é menos atrativa por causa dos altos salários. Essa modificação entrará em vigor a partir do dia 1º de outubro.
"As novas regras poderão atrair para a pós-graduação pessoas já inseridas no mercado de trabalho e, dessa forma, estabelecer novas conexões entre a academia e os demais setores da sociedade", argumenta.
Segundo a normal, a única restrição para o acúmulo de bolsas é possuir mais de uma ajuda financeira do mesmo nível, como mestrado, doutorado ou pós-doutorado, financiadas por órgãos federais. Isso significa que não será permitido aos pesquisadores combinar uma bolsa da Capes com uma do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por exemplo.