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Capital com melhor IDHM, Florianópolis se destaca pela educação

A capital tem índice de desenvolvimento em educação considerado "muito alto"

30 jul 2013 - 17h24
(atualizado às 17h28)
Rodolfo Pinto da Luz, secretário da Educação de Florianópolis, diz que os professores recebem capacitação constante
Rodolfo Pinto da Luz, secretário da Educação de Florianópolis, diz que os professores recebem capacitação constante
Foto: Fabricio Escandiuzzi / Especial para Terra

Com o terceiro melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) do País, primeira entre as capitais, Florianópolis (SC) tem como um de seus maiores destaques a educação. A cidade alcançou média de 0,8 neste quesito, o que é considerado pela Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) "muito alto". De acordo com o secretário da Educação da cidade, Rodolfo Pinto da Luz, o desempenho é fruto dos investimentos na área.

“Fazemos um trabalho intenso de capacitação. Professores, funcionários, faxineiros e serventes são capacitados e treinados sistematicamente para exercer a função”, disse. “Realizamos concursos periodicamente para substituir os professores que se aposentam e procuramos focar no aprimoramento do pessoal e na melhoria das estruturas físicas de nossas escolas”, emendou.

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Ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luz é titular da pasta há quase uma década: exerceu a função durante dois mandatos de Dário Berger (PMDB) e, mesmo sendo candidato a vice-prefeito derrotado em 2010, acabou sendo convidado pelo atual prefeito César Souza Júnior (PSD) para continuar o trabalho. 

Segundo o levantamento do Pnud, divulgado na segunda-feira, 93,06% das crianças entre 5 e 6 anos de Florianópolis frequentam a escola. No ensino médio a situação é mais complicada, mas a média ainda é bem superior desempenho geral do País. Na capital de Santa Catarina, 63,42% dos jovens entre 17 e 18 anos concluíram o ensino médio. A média de todo o Brasil é de 41%.

Para se ter uma ideia da evolução, o indicador de educação de Florianópolis era de 0,538 em 1991 e passou para 0,80 em 2010. Os principais avanços aconteceram justamente na inclusão das crianças na escola: há 20 anos, apenas 48% da população entre 5 e 6 anos frequentava as aulas, percentual que saltou para 93%.  

Renda e expectativa de vida

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A capital de Santa Catarina obteve IDHM de 0,847 em 2010 e ficou na terceira colocação nacional, atrás apenas de São Caetano do Sul e Águas de São Pedro, ambas em São Paulo. O índice significou incremento no IDHM de 24,38% nas últimas duas décadas, o que, apesar dos avanços, é abaixo da média de crescimento nacional (que foi de 47,46%) e até mesmo da média do Estado, que foi de 42%.

O estudo do Pnud ainda mostra outro dado relevante: a renda per capita média dos moradores da cidade de Florianópolis praticamente dobrou um duas décadas: o crescimento foi de 95,03% de 1991 a 2010. A renda média era de R$ 921,95 em 1991. No ano 2000, o índice saltou para R$ 1.383,78 e, em 2010, atingiu R$1.798,12.

Cinco melhores cidades em educação

Posição Município IDHM
Águas de São Pedro (SP) 0,825
São Caetano do Sul (SP) 0,811
Santos (SP) 0,807
Vitória (ES) 0,805
Florianópolis (SC) 0,800

Evolução da educação no Brasil

Apesar das dificuldades, o indicador de educação do IDHM foi o que mais avançou neste últimos vinte anos. Segundo o Pnud, isso se deve, principalmente, ao aumento do fluxo escolar de crianças e jovens - que cresceu 156% nesse período. De 1991 a 2010 a população adulta com ensino fundamental concluído passou de 30,1% para 54,9%. Crianças de 5 a 6 anos frequentando a escola passou de 37,3% para 91,1%. Jovens de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental passou de 36,8% para 84,9%. Jovens de 15 a 17 anos com fundamental completo passou de 20% para 57,2%.

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No entanto, 40% dos jovens nesta faixa ainda não têm fundamental completo no Brasil. O percentual de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo passou de 13 para 41%, um grande avanço, mas que evidencia que mais de metade deles ainda não concluíram a educação básica ou estão fora da escola.

O IDHM é o resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010. O estudo é dividido em três dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa e saudável (longevidade), ter acesso a conhecimento (educação) e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas (renda). O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.

Fonte: Especial para Terra
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