Brasileiro é responsável por comunicação entre a Terra e os robôs da Nasa

Engenheiro é líder de telecomunicações na Nasa e conseguiu vaga após desilusão com a profissão

5 out 2024 - 09h17
Luciano é engenheiro e trabalha na Nasa
Luciano é engenheiro e trabalha na Nasa
Foto: Reprodução/TV Globo

Um brasileiro realizou o sonho de trabalhar na Nasa, quando já estava desiludido com sua profissão. Luciano Camilo Alexandre é engenheiro de telecomunicações do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia. Seu trabalho tem como função fazer a comunicação entre a Terra e os robôs da agência espacial.

Em entrevista ao Globo Repórter, exibida nesta sexta-feira, 4, ele contou que sonhava com o trabalho desde a infância. "É um sonho desde criança. Acho que todo engenheiro tem esse sonho de um dia visitar pelo menos a Nasa, mas trabalhar aqui é algo assim que eu posso dizer: um sonho realizado", disse.

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Luciano se formou em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, e é ex-aluno do colégio agrícola. Filho de um bancário e uma professora, ele decidiu se especializar em engenharia de telecomunicações e se tornou doutor. Ao se deparar com a vaga de trabalho na Nasa, em um anúncio na internet, já estava desiludido com a profissão.

"Em 2019, eu até pensei em abandonar a engenharia. Quando eu perdi meu pai, eu tinha R$ 3 no bolso e não sabia o que ia ser da minha vida", relatou emocionado. Hoje, aos 39 anos, ele é líder de grupo na área de telecomunicação robótica.

Seu trabalho consiste em fazer o planejamento de comunicação com cada espaçonave, e com cada missão no espaço. "Para cada missão, eu tenho como se fosse uma pista de rodovia, onde vou transmitir e receber dados, e eu tenho que garantir que nenhuma missão vai interferir na outra", explicou.

Hoje, a Nas tem 40 missões no espaço, e para sua nova missão, irá usar inteligência artificial e comando remoto, com o objetivo de visitar uma das luas de Júpiter, Europa, que esconde um oceano congelado em sua superfície, com possibilidade de sinais de vida.

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Para Luciano, mais trabalho. "Nós estamos desenvolvendo alguns experimentos na área de telecomunicações justamente para simular um possível ambiente similar ao que a gente poderia ver lá na Europa. Então a gente tem temperaturas muito baixas, a comunicação tem que ser através de gelo, e por isso nós fomos ao Alasca e ficamos uma semana testando qual a influência do gelo no sistema de telecomunicações".

Outra operação nos planos da Nasa é a Artemis, que consiste em enviar o homem à Lua. A equipe de Luciano também irá atuar nessa missão, para liberar o Wi-Fi para os astronautas.

“Essas frequências possam habilitar novos tipos de serviços, como, por exemplo, talvez você possa utilizar o celular, o Wi-Fi, um Bluetooth, utilizando as mesmas tecnologias que nós temos aqui na Terra, mais adaptadas ao ambiente lunar", disse.

Fonte: Redação Terra
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