O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a criticar, nesta segunda-feira, 18, o fim da escala de trabalho 6x1, seis dias de trabalho e um de descanso semanal. De acordo com o economista, a medida anularia mudanças introduzidas pela reforma trabalhista, sem garantia de mais direitos aos trabalhadores. As informações são da Folha de S.Paulo.
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Na última quinta-feira, 14, o economista disse que o fim da escala 6x1 reduziria a produtividade e elevaria o custo da mão de obra. "O projeto do 6 por 1 é bastante prejudicial para o trabalhador porque vai aumentar o custo do trabalho e elevar a informalidade", avaliou à época Campos Neto.
"O desemprego continua surpreendendo [positivamente], e creio que, em parte relevante, dado à reforma trabalhista. O projeto do 6x1 vai contra o que a gente produziu [na reforma trabalhista], que foi muito bom para o emprego no Brasil, e há evidências disso. Não é colocando mais deveres para os empregadores que você vai dar mais direitos aos trabalhadores", afirmou Campos Neto durante o evento CEOs e C-Levels, no Insper.
A discussão sobre a flexibilização da escala de trabalho 6x1, na qual o descanso remunerado se restringe apenas aos domingos, ganhou impulso nas redes sociais e virou alvo de uma proposta da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que quer mudar a Constituição para alterar a jornada dos trabalhadores.