A informação bem distribuída é o que mais chama a atenção nos primeiros segundos de análise de um currículo, segundo 46% dos recrutadores, aponta pesquisa do Indeed, site de empregos.
Nessa avaliação inicial, eles relatam que o que notam é se o currículo é de fácil leitura. A pesquisa contou com 305 tomadores de decisão do setor de Recursos Humanos com o objetivo de mapear quais são as preferências dos recrutadores na hora de analisar os currículos que recebem.
As informações no topo do currículo, nome ou profissão, atraem a atenção inicial de 26% dos entrevistados, enquanto 10% se atenta antes ao design do documento, incluíndo cores e fontes. Apenas 9% disse que a foto é o que mais chama a atenção nas primeira impressões.
Que informações são essenciais?
Entre as informações que consideram essenciais em um currículo, 77% dos recrutadores entrevistados apontam um resumo da experiência profissional do candidato. Habilidades adicionais, como idiomas ou conhecimento de softwares, foram citadas por 68% dos recrutadores.
A formação acadêmica é considerada essencial para 65% dos entrevistados. Informações objetivas e um currículo conciso foram considerados indispensáveis por metade dos recrutadores e 78% dos entrevistados concorda que um currículo não deve ter mais de duas páginas.
Informações pessoais como endereço, gênero e idade foram consideradas essenciais por cerca de 30% dos entrevistados. Apenas 20% dos recrutadores acreditam que a foto seja importante no documento.
O que afeta a escolha?
Sem considerar habilidades ou adequação ao cargo, 41% dos entrevistados disseram que desconsideram currículos com pouca informação. Um documento mal formatado foi apontado como motivo para não considerar um candidato por 22% dos recrutadores.
Ao avaliar o candidato, 72% dos entrevistados afirmou que se baseia nas informações do currículo, enquanto 57% aplicam testes. Além disso, 48% disse entrar em contato com as empresas em que o candidato já trabalhou para obter mais informações. Verificar perfis do candidato nas redes sociais é uma prática de 37% dos recrutadores e 24% afirmou pesquisar o nome do candidato no Google.
Outro destaque da pesquisa é que 82% afirmou que contrataria alguém com as habilidades certas adquiridas em outras experiências, mesmo que o candidato não tenha formação específica na área. Para 68% dos entrevistados a experiência prévia é mais importante do que o nível de escolaridade para se adequar em um cargo.
Além disso, 61% dos recrutadores respondentes da pesquisa afirmaram que desconsideram candidatos que mudaram constantemente de emprego em um curto espaço de tempo.
Quais são os principais critérios de desempate?
Em uma situação que requer escolha entre dois candidatos com perfis parecidos, mais da metade dos entrevistados citaram o melhor desempenho na entrevista e habilidades comportamentais mais fortes como primeiro ou segundo critérios de desempate.
A pontualidade na entrevista apareceu em terceiro lugar, seguida pela educação complementar, como especialização ou outros cursos.