A Geração Z traz características e valores únicos para o mercado de trabalho, buscando independência, ambientes de trabalho colaborativos e flexíveis. Os profissionais desta geração também valorizam mais a qualidade de vida e causas sociais em detrimento do dinheiro e esperam ambientes proativos e envolventes.
A geração Z, também conhecida como 'gen-Z', é composta por jovens nascidos entre 1995 e 2010, que trazem consigo características e valores singulares, já que foram moldados por um ambiente tecnológico em constante evolução. Não é por acaso que, no mercado de trabalho, esse grupo apresenta diferenças em relação às gerações anteriores.
Eles tendem, por exemplo, a valorizar mais a qualidade de vida e a flexibilidade do que o dinheiro. Além disso, buscam autonomia e um ambiente de trabalho colaborativo, aspectos que, por vezes, podem representar desafios na convivência profissional.
Diante dessas características e valores tão singulares, colegas de trabalho de outras gerações, recrutadores e gestores podem enfrentar dificuldades para lidar com esse grupo de jovens.
"É normal existirem conflitos e até dificuldades de relacionamento no trabalho. Afinal, estamos falando de gerações totalmente diferentes, convivendo diariamente em um mesmo espaço", diz Gláucia Morais, Consultora da Diversidade Importa.
Além dela, o Terra entrevistou a especialista em gestão de pessoas, Daniele Malafronte, para entender como lidar melhor com os jovens profissionais da geração Z. Veja as dicas a seguir!
Como lidar com a geração Z no mercado de trabalho
- Ensine, mas também aprenda
As novas gerações trazem boas ideias sobre como lidar com o momento atual e o futuro. Não se prenda a papéis, e evite conflitos no estilo "Nós x Eles", no qual quem já está estabelecido sabe tudo e quem está chegando não sabe nada. Todos têm algo a ensinar e algo a aprender, segundo Daniele Malafronte.
"A Geração Z traz habilidades e conhecimentos que podem ser complementares aos nossos", acrescenta.
- Não há só um modo de fazer
O item anterior é um gancho para esta dica: assim como todos têm algo a ensinar, não existe apenas uma forma de realizar uma tarefa. Cada modo é uma possibilidade, resume Daniele Malafronte.
"Tenha abertura para novas ideias. A Geração Z valoriza ambientes onde pode contribuir pessoalmente", recomenda.
- Diminua os julgamentos
Priorizar o bem-estar em detrimento de um cargo ou da carreira é uma escolha possível para a geração Z. Mas isso não indica obrigatoriamente falta de compromisso ou comprometimento, desinteresse ou qualquer outro nome resultado do conceito de sucesso de gerações anteriores.
- Ambiente de trabalho precisa melhorar
Se o ambiente for ruim, a tendência é que os profissionais da geração Z não permaneçam. Esta é uma oportunidade de melhorar os ambientes de trabalho, dar mais oportunidades de aprendizado e estimular a comunicação mais assertiva.
"Como eu sempre digo, todas as pessoas ganham com a diversidade e inclusão, pois é uma oportunidade de desenvolver novas habilidades e competências", afirma Daniele.
- Conteste o status quo também
Pessoas jovens, de qualquer geração, contestam o status quo. As especialistas recomendam que isso seja visto de forma saudável, e não uma afronta às crenças e tradições. Até porque, elas acrescentam, todo mundo já foi jovem e, provavelmente, questionou a forma como as coisas eram feitas na época.
- Autonomia
Todos os jovens profissionais da geração Z priorizam trabalhar em projetos ou atividades que despertem seu interesse. Portanto, proporcionar independência e autonomia complementa e contribui para manter o engajamento no trabalho e o sucesso profissional.
- Horários flexíveis
A nova forma de enxergar o trabalho também influencia o tempo que os profissionais da geração Z estão dispostos a dedicar a ele. A flexibilidade de horários e o trabalho remoto fornecem liberdade, o que resulta em profissionais mais proativos e dedicados.
- Causas valem mais que o dinheiro
Se o dinheiro não é a principal motivação para um jovem da geração Z, é importante incentivá-los a se envolver em causas sociais e culturais. As especialistas afirmam que, dessa forma, eles perceberão o quanto estão contribuindo para algo além das atividades ligadas ao salário.