O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, afirmou que o instituto fará “o maior concurso da história em termos quantitativos”.
Ele não chegou a falar sobre o número de vagas, mas em entrevista à revista Focus Brasil, da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, afirmou que acontecerá em breve.
Pochmann informou intenção de ampliar o quadro de funcionários, além de repor perdas salariais de servidores, observadas nos últimos anos. O IBGE tem cerca de 11 mil servidores, sendo quatro mil no quadro permanente e cerca de sete mil de quadro temporário.
“Esse ano de 2023 é um ano importantíssimo, porque ele representa a retomada de concurso – e o IBGE vai fazer o seu maior concurso da história em termos quantitativos, e optou inclusive por fazer parte de um concurso unificado nacional que o governo federal com o Ministério de Gestão e Inovação está realizando”, detalhou.
Pochmann ressaltou apoios relacionados ao funcionamento do instituto que o IBGE tem recebido do governo federal, como dos presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
“Também houve um reajuste de salários este ano (...) A articulação com ministérios, órgãos e instituições produtoras de dados é, para nós, bastante estimulante, pois existe uma convergência de interesses”, disse.
“Nós estamos avançando o diálogo também com o Poder Legislativo, com o Poder Judiciário, tivemos uma audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal, tivemos reuniões com a presidência do Tribunal Superior do Trabalho, estamos na verdade buscando fazer diálogo dentro dos três poderes da República, além da sociedade, é claro, das instituições de pesquisa, das universidades, porque é um esforço comum”, completou.
Pochmann afirmou que o IBGE ainda tem problemas, mas que vai se solucionar com base em “escuta, de diálogo com o Governo Federal, nos mais diversos ministérios que tivemos oportunidade de dialogar e outras possibilidades que se abrem em termos de melhorar, modernizar as estatísticas brasileiras”, nas palavras dele.
“É uma instituição de representação nacional. Eu diria que se encontra entre as melhores instituições de pesquisa, de estatística e geografia do mundo”, disse, ao se referir ao IBGE.
O presidente disse que já pensa no Censo Demográfico 2030 e em ajudar a criar um sistema nacional de estatística, geografia e dados, com informações de diferentes pastas governamentais, ao falar sobre o Censo de 2022.
“Ele foi realizado com dificuldades orçamentárias, porque houve um comprometimento de recursos para a realização, que equivaleu a algo em torno de dois terços dos recursos que foram utilizados para realizar o censo de 2010”, disse.
“Um Censo que foi realizado com menos recursos e com um número de questões inferiores àquelas que foram realizadas em 2010. Portanto é um Censo que reflete a singularidade daquele momento do Brasil”, comentou.