Quem são os pedreiros que viraram fenômeno com dancinhas entre uma obra e outra?

Com mais de 1 milhão de seguidores, dupla diz que fama duplicou trabalhos, lamenta golpe de empresário e anseia pela casa própria

1 dez 2023 - 07h39
Carlos, Eliana e Ricardo
Carlos, Eliana e Ricardo
Foto: Divulgação SBT

Ricardo Neves e Carlos Eugênio, ambos de 48 anos, são fenômenos da internet. Os dois juntos somam 1,1 milhão de seguidores no Instagram, onde fazem relativo sucesso com dancinhas e dublagens sob a alcunha de Pedreiro Brincalhão e Ajudante Brincalhão, respectivamente. Para além da parceria nas telas, os dois são amigos próximos desde a infância e encontraram na produção de conteúdo digital um respiro na rotina de trabalho.

O idealizador de tudo foi Ricardo Neves, que tentava engatar na produção de conteúdo desde o tempo do Orkut, meados dos anos 2000, mas apenas se destacou em 2022, quando dublou um áudio viral e o algoritmo do Instagram lhe deu a força que faltava. 

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"Na época, a gente [Eu e Carlos] não trabalhávamos juntos. Ele estava parado porque o patrão adoeceu e morreu. Então chamei ele para trabalhar comigo. Depois de um dia de trabalho, perguntei se ele topava gravar um vídeo comigo. Ele topou, o público curtiu mais ainda quando viu que eu tinha uma dupla, aí resolvemos seguir juntos", relata Carlos.

"Famosos sim, ricos não"

Com o sucesso, a dupla virou atração turística em Mustardinha, bairro do Recife, onde moram. Desconhecidos e conhecidos começaram a pará-los para elogiar os vídeos e para tirar fotos. A visibilidade trouxe também trabalhos e até um encontro com Eliana. Apesar disso, ao contrário do que muitos pensam, Ricardo e Carlos ainda não enriqueceram.

"Desde que comecei os vídeos a única coisa que consegui foi uma geladeira e ainda estou pagando", disse Ricardo. "Eu consegui uma televisão, mas só isso", completou Carlos.

O motivo do sucesso ainda não ter retornado de forma financeira, segundo a dupla, é a falta de transparência do antigo empresário, que eles preferem não citar o nome. O tal gestor não compartilhava nenhuma informação sobre os contratos, o que dificultava saber o que estava entrando e por quanto cada trabalho estava sendo fechado. 

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Para Renan Colombo, doutor em ciências da informação e especialista em mídias digitais, ter seguidores nas mídias hoje é sinônimo de poderio financeiro. No caso dos pedreiros, se não fosse a gestão do empresário anterior, o retorno já deveria estar em quantias polpudas.

"Se você tem um perfil no Instagram com um milhão de fãs, por exemplo, você já pode ser considerado um influenciador relevante e já tem possibilidade de converter isso em renda". 

"Agenda cheia e obras sem prazo para acabar"

Longe de querer uma briga, o Pedreiro Brincalhão e seu Ajudante Brincalhão não se amarguram pelo passado. De olho no futuro - e de empresário novo -, eles sonham com dias mais abastados. Talvez até mais longe das obras e mais próximo dos palcos.

"Recebemos vários tipos de propostas, mas o que a gente queria mesmo era dançar, fazer show. Trabalho em obra é o que não falta, chamam bastante a gente, a agenda é lotada. Eu falo: 'Nós vamos, só não sabemos quando vamos terminar'", diz Ricardo, com humor.

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Os dois também sonham em ajudar familiares e conquistar a casa própria e, para eles, tudo isso é questão de tempo.

Fonte: Redação Terra
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