Nem só presencial, nem só remoto, mas sim o híbrido, um meio-termo. Na visão de Sylvia Hartmann, pesquisadora de modelos de trabalho flexível, o modelo híbrido tende a se consolidar ao longo de 2025, principalmente entre profissionais com rendimentos mais altos e que atuam em organizações estruturadas, analisa a também CEO da Remota, startup especializada em consolidar práticas de trabalho remoto e híbrido.
Por outro lado, aqueles que deverão voltar ao formato 100% presencial ainda neste ano de 2025 são os de baixa escolaridade, menor autonomia e com salários mais baixos, ainda segundo projeções da especialista.
Essa volta, porém, não significa que eles serão mais engajados e o retorno aos escritórios vá representar automaticamente fortalecimento da cultura, inovação e conexão no ambiente de trabalho, alerta a especialista. "Achar que trazer essas pessoas de volta aos escritórios vai aumentar a produtividade e o engajamento, sendo que o preço é um alto deslocamento, é um grande equívoco", avalia Sylvia.
Segundo Sylvia, uma pesquisa que investigou o trabalho em home office e modelos híbridos da Sociedade Brasileira de Teletrabalho (Sobratt), feita em parceria com duas renomadas instituições de ensino superior, a USP e a FIA, constatou que 74% dos entrevistados disseram que as empresas em que eles trabalham adotam políticas formais para os modelos de trabalho remoto e híbrido. Confira mais detalhes sobre o assunto, como o papel crucial da flexibilidade na atração e retenção de talentos, lendo a entrevista completa com a especialista.