O governo de São Paulo publicou nesta terça-feira (1º) o decreto que autoriza a transferência de professores para a implementação da reorganização escolar, que fechará 93 unidades de ensino em todo o estado e afetará 311 mil alunos. O objetivo é separar as escolas por ciclos, entre os anos iniciais e finais do ensino fundamental e médio.
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O decreto indica que as transferências ocorrem “nos casos em que as escolas da rede estadual deixarem de atender um ou mais segmentos ou quando passarem a atender novos segmentos”. Contrários às mudanças, estudantes continuam ocupando escolas. São 205 unidades ocupadas, segundo estimativa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). A Secretaria Estadual da Educação calcula, pelo último balanço divulgado nesta segunda-feira (30), que são 194 escolas.
Segundo a Apeoesp, os estudantes que participam das ocupações vêm sendo alvos de ataques de grupos desconhecidos. Nesta segunda-feira (30), às 18h, na cidade de Osasco, um grupo entrou na Escola Coronel Antônio Paiva de Sampaio, furtou televisores e depredou salas de aula, de acordo com a Polícia Militar (PM). O caso foi registrado no 1º Distrito Policial do município.
Na zona leste, houve conflito entre alunos que estariam do lado de fora da Escola República do Suriname, reivindicando aula, e estudantes que ocupam o local, informou a PM, que foi acionada. A assessoria de imprensa da Apeoesp conta que a diretora foi à escola com a intenção de desocupá-la, mesmo com a decisão do Tribunal de Justiça que negou reintegrações de posse de unidades da capital.
Estudantes que reivindicam a suspensão da reorganização escolar fizeram manifestação nesta terça-feira (1º) na zona sul de São Paulo, próximo à Ponte João Dias, na Avenida João Dias. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego, o grupo ocupou duas faixas, no sentido centro.
Os manifestantes também prejudicaram o trânsito da cidade no dia anterior ao bloquear o cruzamento entre as avenidas Rebouças e Brigadeiro Faria Lima, na zona oeste.