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Dilma abre as portas a médicos estrangeiros para regiões carentes

8 jul 2013 - 18h28
(atualizado às 20h16)

A presidente Dilma Rousseff lançou nesta segunda-feira um plano de saúde pública que permitirá a contratação de médicos estrangeiros para as periferias das grandes cidades e áreas remotas, sempre que no país não haja profissionais interessados nessas vagas.

O novo plano, chamado "Mais Médicos", incentivará a formação de novos profissionais e incluirá a construção de hospitais em todas as regiões do país.

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Além disso, pretende resolver a carência de profissionais que existe nas periferias das grandes cidades e em áreas do norte e do nordeste do país.

Rodeado no ato por parlamentares, governadores, prefeitos, representantes de movimentos sociais e reitores de universidades, Dilma disse que se trata de escutar a "justo e incontestável reivindicação dos brasileiros por um melhor atendimento sanitário".

A presidente reconheceu que "não se pode obrigar um médico que quer morar na capital a ir para o interior", mas ressaltou que "se trata de garantir que todos os brasileiros tenham acesso a um médico".

Segundo os dados apresentados durante o ato pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Brasil tem hoje 1,8 médicos por cada mil habitantes, taxa que é de 3,7 no Uruguai, de 3,2 na Argentina e de 4 na Espanha.

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Também destacou que os médicos no Brasil se concentram nas áreas metropolitanas das grandes cidades, enquanto existem locais nas periferias ou zonas remotas do país que não chegam nem sequer a uma taxa de um médico por cada mil habitantes.

"Para chegar ao nível da Espanha precisamos de 400 mil médicos", disse Padilha, que respondeu assim aos colégios profissionais do país, que se opõem à contratação de médicos estrangeiros pois, segundo sustentam, no Brasil existe o número necessário para cobrir as necessidades da população.

Segundo Padilha, neste mesmo ano serão criadas 35 mil novas vagas para médicos nos centros de saúde pública de periferias e zonas do norte e nordeste, com salários de R$ 10 mil por mês, e serão oferecidas aos profissionais brasileiros.

No entanto, explicou que se essas vagas não forem ocupadas por profissionais do país, serão abertos concursos para contratos por três anos para médicos estrangeiros, que deverão revalidar seus títulos em universidades públicas brasileiras e dominar a língua portuguesa.

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A revalidação, segundo o ministro, poderá ser feita ainda se o médico não residir ainda no país, como se exige atualmente.

Padilha não citou os países aos quais poderiam ser oferecidas as vagas não aceitas por médicos brasileiros, mas assegurou que no Brasil "não há nenhum tipo de preconceito" em relação aos médicos estrangeiros.

O ministro esclareceu apenas que deverão proceder de países que tenham uma taxa de médicos para cada mil habitantes superior à do Brasil e que só serão aceitos para trabalhar nas periferias e em áreas remotas do país.

  
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