Dilma: Pronatec Jovem Aprendiz vai priorizar áreas violentas

Segundo a presidente, micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais poderão contratar jovens aprendizes com o apoio do governo

28 jul 2015 - 15h11

A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (28) que a abertura de vagas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) Jovem Aprendiz vai priorizar áreas com índices altos de violência, para conter o aliciamento de jovens para a criminalidade.

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“Temos de combater o uso de jovens pelo crime organizado, por isso temos um critério para começar este programa. O critério é justamente [escolher] áreas onde há maior grau de violência e, portanto, maior vulnerabilidade”, adiantou. “Não podemos aceitar que o crime organizado substitua o Estado e a sociedade brasileira”.

Segundo Dilma, onde não há presença do Estado, parcerias e organização empresarial, “a tendência é que as ações criminosas se desenvolvam e substituam as ações do Estado e da sociedade no sentido de incluir os jovens”. Sem marcar data para abertura de vagas do programa, Dilma pediu apoio de micro e pequenos empresários e de instituições que compõem o Sistema S, que articula as principais instituições representativas dos setores produtivos, para colocar em prática a proposta, que foi uma de suas promessas de campanha.

Segundo a presidente Dilma Rousseff, o Pronatec Jovem Aprendiz vai priorizar áreas com altos índices de violência
Segundo a presidente Dilma Rousseff, o Pronatec Jovem Aprendiz vai priorizar áreas com altos índices de violência
Foto: ap

A presidente destacou que as micro e pequenas empresas estão presentes em cada bairro, distrito ou comunidade do país e poderão ser a porta de entrada dos jovens no mercado de trabalho.

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Com o Pronatec Aprendiz, as micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais (MEIs) poderão contratar jovens aprendizes com o apoio do governo, que vai custear o treinamento e o acompanhamento do adolescente por meio de recursos do Pronatec.

“O jovem vai ter oportunidade de um processo mais rico de formação profissional. Queremos combinar cursos de qualidade e experiência”, avaliou a presidente. “As empresas também vão ter benefícios. Elas terão, no seu quadro funcional, jovens com tudo aquilo que caracteriza os jovens: incrível capacidade de aprender, imensa curiosidade, motivação e a capacidade transformadora que caracteriza o ser humano na juventude. A contratação terá menos encargos, porque haverá um período de ensino, de aprendizagem, feito fora da empresa”, acrescentou.

Dilma não anunciou a meta para a contratação de aprendizes pelas micro e pequenas empresas, mas disse que o objetivo será redefinido a cada vez que o governo atingir o número. “Vamos deixar uma meta aberta. Quando a gente atingi-la, dobramos a meta”.

As vagas do Pronatec Jovem Aprendiz vão integrar a segunda etapa do Pronatec, lançada em junho do ano passado, com previsão de 12 milhões de matrículas até o fim de 2018.

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Agência Brasil
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