Em janeiro, um grupo de pesquisadores da Universidade de Derby afirmou ter descoberto um novo (micro)continente no Estreito de Davis, ou seja, entre a Groenlândia e a América do Norte.
E sim, pode soar estranho. Como é possível termos perdido um continente inteiro ao longo dos 1.143 quilômetros que compõem esse estreito?
O que diabos é um continente?
A resposta mais intuitiva seria "uma grande extensão de terra cercada por água", mas, na prática, essa definição funciona apenas em teoria. Quando analisamos o conceito mais a fundo, a questão se torna bem mais complexa.
Por isso, se a pergunta for "quantos continentes existem no mundo?", a única resposta lógica é: "depende".
Como assim, "depende"? As razões por trás das diferentes divisões continentais que usamos são, na maior parte, "puramente históricas e culturais". Na verdade, como explica Miguel García, autor de uma newsletter sobre mapas, "os sistemas educacionais de diferentes países adotam divisões continentais distintas":
- Nos países anglo-saxões, o mais comum é dizer que existem sete continentes (Europa, África, América do Norte, América do Sul, Ásia, Antártida e Oceania)
- Já nos países de línguas românicas, a resposta mais comum é que são seis continentes (unindo as Américas em um só)
- Seis continentes também são ensinados nos países da ex-URSS (embora eles mantenham a separação entre as Américas e unam Europa e Ásia)
Existem outras opções, claro. Por exemplo, poderíamos unir Ásia, África e Europa em um ...
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